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estrumáreis

bardada | n. f.

Porção de terreno que o gado estruma em cada noite no bardo....


gábia | n. f.

Escavação em torno da cepa da videira, para fazer estrumação ou mergulhia....


coleiro | n. m.

Ave canora do Brasil que parece ter ao pescoço uma gravata preta....


cultivo | n. m.

Cultura; amanho....


estercada | n. f.

Acto ou efeito de estercar....


hirculação | n. f.

Doença que o excesso de estrume causa à videira....


iscaço | n. m.

Estrume de cabeças de sardinha, de vários outros peixes e caranguejos, para adubo das terras....


rapalhas | n. f. pl.

Restos que ficam nos currais depois de tirar o estrume que ali estava amontoado....


bócio | n. m.

Aumento patológico do volume da tiróide....


estroma | n. m.

Tecido que sustenta um órgão ou uma estrutura anatómica (ex.: estroma gastrointestinal; estroma ovariano)....


estruma | n. f.

Aumento do volume dos gânglios linfáticos cervicais, provocado pela tuberculose....


estrume | n. m.

Substância vegetal ou animal decomposta, simples ou de mistura com esterco, para adubo das terras....


estrumeira | n. f.

Lugar onde se forma ou se junta o estrume....


estrumeiro | n. m.

Indivíduo que carrega ou conduz estrume....


estrumela | n. f.

Qualquer coisa complicada, indefinida ou de que se não sabe o nome....


escrófula | n. f. | n. f. pl.

Aumento do volume dos gânglios linfáticos cervicais, provocado pela tuberculose....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se "frigidíssimo" é superlativo absoluto sintético de "frio".
Os adjectivos frio e frígido têm em comum o superlativo absoluto sintético frigidíssimo, pois provêm ambos do étimo latino frigidus.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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