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espigões

mecha | n. f.

Cordão, fio ou feixe de fios envolvido em cera ou combustível, próprio para manter o lume quando aceso....


sachola | n. f.

Espécie de enxada que tem um espigão do lado oposto à folha....


respigão | n. m.

Espigão (das unhas); raigota....


fulcro | n. m.

Espigão que serve de eixo a um objecto....


guilho | n. m.

Espigão de ferro ou de pedra que termina inferiormente a árvore mecânica da azenha....


segurelha | n. f.

Nome comum a várias plantas lamiáceas....


emechar | v. tr. | v. intr.

Queimar enxofre, dentro de (uma pipa, etc.)....


saruga | n. f.

Prolongamento fino e pontiagudo da inflorescência da espiga em gramíneas como o trigo, o centeio, a cevada, etc....


seruga | n. f.

Planta (Bromus diandrus) da família das gramíneas, de caules cilíndricos e aristas direitas e ásperas....


fura-capa | n. m.

Planta (Bromus diandrus) da família das gramíneas, de caules cilíndricos e aristas direitas e ásperas....


estrepe | n. m. | n. m. pl.

Ponta aguçada....


gato | n. m. | adj. n. m.

Vergalhão de ferro com espigões (grampo) para manter unidas as pedras das paredes....


pua | n. f.

Ponta aguçada....


padrasto | n. m.

Marido ou companheiro da mãe, ou do pai em casais do mesmo sexo, em relação aos filhos por eles tidos em relacionamento anterior....


espiga | n. f.

Inflorescência em que as flores estão dispostas em torno de um eixo central....


travar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr. | v. pron.

Encadear ou prender peças de madeira fazendo entrar os espigões nas chanfraduras ou somente apoiando a superfície de uma peça na entalhadura de outra peça....



Dúvidas linguísticas



Sociodemográfico ou socio-demográfico?
O elemento de composição socio- não se separa com hífen das palavras às quais se apõe, excepto quando estas começam por h (ex.: socio-histórico) ou o, daí que a forma correcta seja sociodemográfico.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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