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cofre

armário | n. m.

Móvel, geralmente com prateleiras, para guardar ou arrumar objectos variados....


escrinho | n. m.

Cesto em que se guarda o pão cozido ou em que se leveda o pão....


escrínio | n. m.

Pequeno armário ou cofre....


pulmão | n. m.

Espécie de cofre hermeticamente fechado, onde se provoca a respiração de certos doentes por meio de um aparelho pneumático. (O tronco e os membros do paciente ficam no interior do cofre, a cabeça no exterior.)...


relicário | n. m.

Caixa ou cofre, bolsa ou caixilho, onde se guardam relíquias dos santos....


cúneo | n. m.

Cofre ou acixa de jóias....


gazofilácio | n. m.

Caixa ou cofre onde se recolhiam as oferendas para o culto (ex.: gazofilácio do Templo de Jerusalém)....


cista | n. f.

Caixinha, cofre....


queixo | n. m. | n. m. pl.

Maxila dos vertebrados....


arcário | n. m.

Encarregado do cofre ou da tesouraria....


cacifo | n. m.

Cofre, burra....


cafuleta | n. f.

Cofre de madeira com tampa de couro....


lóculo | n. m.

Pequena cavidade (em órgão animal ou vegetal)....


sóraco | n. m.

Cofre ou arca em que os comediantes levavam os seus vestuários e adereços....


monobloco | adj. 2 g. n. m. | adj. 2 g.

Que ou o que é constituído por uma só peça (ex.: cofre monobloco; o tabliê é um monobloco)....


cofre | n. m.

Conjuntos dos recursos financeiros de uma entidade ou do Estado (ex.: cofres da empresa; cofres do Estado; estas fraudes vão onerar o cofre público)....


migalheiro | n. m.

Cofre, caixa ou artefacto oco com uma fenda estreita por onde se vai enchendo aos poucos com o dinheiro que se pode juntar....


peteiro | n. m.

Cofre, caixa ou artefacto oco com uma fenda estreita por onde se introduz o dinheiro que se pode juntar....


mealheiro | n. m. | adj.

Cofre, caixa ou artefacto oco com uma fenda estreita por onde se introduz o dinheiro que se pode juntar....



Dúvidas linguísticas



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.




Gostaria que me esclarecessem acerca da leitura da palavra austero. Na 2ª sílaba dever-se-á ler como uma vogal aberta ou fechada? Ainda que a palavra em questão não contenha qualquer acento, qual a forma de leitura: áustero ou austéro?
O adjectivo austero é uma palavra grave, isto é, tem o acento de intensidade na penúltima sílaba (austero) e a pronúncia da vogal desta sílaba deverá ser e aberto (idêntico ao e da palavra ). Se esta palavra fosse esdrúxula, isto é, acentuada na antepenúltima sílaba, teria de apresentar acento gráfico (*áustero; o asterisco indica incorrecção ortográfica), como todas as palavras esdrúxulas do português (ex.: antídoto, cálice, cómico, técnico, telúrico).

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