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cerveja

acervejado | adj.

Que tem cor ou sabor de cerveja....


bazuca | n. f.

Garrafa de cerveja de 550 ml....


molhagem | n. f.

Imersão da cevada em água (para o fabrico da cerveja)....


ualua | n. f.

Variedade de cerveja....


panachê | n. m.

Bebida composta de cerveja misturada com gasosa ou limonada....


litrosa | n. f.

Garrafa de cerveja de um litro....


bia | n. f.

Cerveja....


cabanga | n. f.

Cerveja de fabrico caseiro, feita à base de farelo de milho e açúcar (ex.: o consumo de cabanga aumentou nos últimos tempos)....


niquita | n. f.

Bebida cremosa composta por gelado, pedaços de ananás e cerveja ou vinho branco....


engradado | adj. | n. m.

Caixa com divisórias para transportar garrafas (ex.: engradado de cerveja)....


germinadouro | n. m.

Local em que se faz germinar a cevada para o fabrico da cerveja....


gengibirra | n. f.

Bebida fermentada em cuja composição entram frutas, gengibre, ácido tartárico, fermento de pão e água....


sameira | n. f.

Tampa circular, metálica e sem rosca, que veda garrafas de refrigerante ou de cerveja....


breja | n. f.

Copo ou garrafa de cerveja....


shandy | n. m.

Bebida composta de cerveja misturada com gasosa ou limonada....


ale | n. f.

Espécie de cerveja inglesa....


bock | n. m.

Copo de cerveja (de 1/4 de litro)....


empapagem | n. f.

No fabrico da cerveja, caldeação do malte em água quente....


polme | n. m.

Massa um pouco líquida, feita geralmente com farinha de trigo, ovos, leite ou água (por vezes cerveja), usada na confecção ou na fritura de determinados alimentos (ex.: coloque 2 colheres de sopa de polme na frigideira e espalhe bem para o crepe ficar fininho; passe as gambas pelo polme e frite em óleo bem quente)....



Dúvidas linguísticas



Tenho sempre uma dúvida: utiliza-se crase antes de pronomes demonstrativos como esse, essa, esta, este?
A crase é a contracção de duas vogais iguais, sendo à (contracção da preposição a com o artigo definido a) a crase mais frequente. Para que se justifique esta crase é necessário que haja um contexto em que estejam presentes a preposição a e o artigo a (ex.: A [artigo] menina estava em casa; Entregou uma carta a [preposição] uma menina; Entregou uma carta à [preposição + artigo] menina). Ora, os pronomes demonstrativos não coocorrem com preposições (ex.: Esta menina estava em casa; *A [artigo] esta menina estava em casa; Entregou a carta a [preposição] esta menina; *Entregou a carta à [preposição + artigo] esta menina; o asterisco indica agramaticalidade), pelo que não poderá haver crase antes de artigos demonstrativos, mas apenas a ocorrência da preposição, quando o contexto o justifique.

Além do que foi dito acima, é de referir que pode haver crase com um artigo demonstrativo começado por a- (ex.: Não prestou atenção àquilo [preposição a + pronome demonstrativo aquilo]), mas trata-se da contracção da preposição a com a primeira vogal do pronome demonstrativo (ex.: àquele, àqueloutro, àquilo).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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