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biscate

gancho | n. m.

Ferro curvo de que se suspende ou com que se agarra alguma coisa....


ganho-ganho | n. m.

Serviço prestado em regime informal ou de curta duração, em troca de dinheiro ou alimentos (ex.: alguns cidadãos sobrevivem à base do ganho-ganho)....


biscato | n. m.

Comida que as aves trazem no bico para os filhos....


biscate | n. m. | n. 2 g.

Pequeno serviço remunerado que se faz para além do trabalho habitual ou de forma não regular....


caroca | n. f.

Trabalho de pouca monta, biscate....


biscatar | v. intr.

Viver de biscates ou de pequenos serviços remunerados não regulares....


biscatear | v. intr.

Viver de biscates ou de pequenos serviços remunerados não regulares....


biscateiro | adj. n. m.

Que ou quem faz pequenos serviços ocasionais, geralmente de natureza informal, a troco de remuneração....


bico | n. m. | interj.

Parte córnea que remata a boca das aves....


galho | n. m.

Ramo de árvore pouco grosso....


trabulança | n. f.

Pequena tarefa ou serviço remunerado de curta duração que se faz ocasionalmente....



Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




As expressões ter a ver com e ter que ver com são ambas admissíveis ou só uma delas é correcta?
As duas expressões citadas são semanticamente equivalentes.

Alguns puristas da língua têm considerado como galicismo a expressão ter a ver com, desaconselhando o seu uso. No entanto, este argumento apresenta-se frágil (como a maioria dos que condenam determinada forma ou expressão apenas por sofrer influência de uma outra língua), na medida em que a estrutura da locução ter que ver com possui uma estrutura menos canónica em termos das classes gramaticais que a compõem, pois o que surge na posição que corresponde habitualmente à de uma preposição em construções perifrásticas verbais (por favor, consulte também sobre este assunto a dúvida ter de/ter que).


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