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arábios

sabeu | adj. | n. m. | n. m. pl.

Relativo a Sabá....


zacum | n. m.

Planta espinhosa da Arábia....


xauter | n. m.

Guia nos desertos da Arábia....


mequense | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo ou pertencente à cidade de Meca, na Arábia Saudita....


esquenanto | n. m.

Planta poácea, aromática e medicinal da Índia e da Arábia....


cina | n. f.

Árvore das Arábias, espécie de palmeira ou de algodoeiro....


nabateu | adj. | n. m.

Da Nabateia, região da Arábia....


arábias | n. f. pl.

Homem das arábias, homem de pensar extravagante; indivíduo excêntrico....


arábico | adj. | n. m.

Pertencente à Arábia....


caaba | n. f.

Templo, de forma cúbica, em Meca, na Arábia Saudita, da particular veneração dos muçulmanos....


saudita | adj. 2 g. | n. 2 g.

Relativo ou pertencente à Arábia Saudita....


rial | n. m.

Unidade monetária da Arábia Saudita (código: SAR), do Catar (código: QAR), do Iémen (código: YER), do Irão (código: IRR) e de Omã (código: OMR)....


mecano | adj. | n. m.

Relativo ou pertencente à cidade de Meca, na Arábia Saudita....


turco | adj. | adj. n. m. | n. m.

Relativo ou pertencente à Turquia, país euro-asiático....


petreu | adj.

Que se dá ou nasce entre penhascos....


MERS | n. f.

Doença infecciosa grave que atinge os pulmões, causada por um coronavírus, cujos sintomas podem incluir febre alta, tosse, falta de ar, entre outros, e que pode assumir características epidémicas. [O coronavírus associado a esta doença foi detectado pela primeira vez em 2012, na Arábia Saudita.]...


síndrome | n. f.

Conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença....


Verme nematode (Dracunculus medinensis) com forma de fio que provoca a dracunculose....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




A minha dúvida é relativa ao novo Acordo Ortográfico: gostava que me esclarecessem porque é que "lusodescendente" escreve-se sem hífen e "luso-brasileiro", "luso-americano" escreve-se com hífen. É que é um pouco difícil de se compreender, e já me informei com algumas pessoas que não me souberam dizer o porquê de ser assim. Espero uma resposta de vossa parte com a maior brevidade possível.
Não há no texto legal do Acordo Ortográfico de 1990 uma diferença clara entre as palavras que devem seguir o disposto na Base XV e o disposto na Base XVI. Em casos como euroafricano/euro-africano, indoeuropeu/indo-europeu ou lusobrasileiro/luso-brasileiro (e em outros análogos), poderá argumentar-se que se trata de "palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival, numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido" (Base XV) para justificar o uso do hífen. Por outro lado, poderá argumentar-se que não se justifica o uso do hífen uma vez que se trata de "formações com prefixos (como, por exemplo: ante-, anti-, circum-, co-, contra-, entre-, extra-, hiper-, infra-, intra-, pós-, pré-, pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-, etc.) e de formações por recomposição, isto é, com elementos não autónomos ou falsos prefixos, de origem grega e latina (tais como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, neo-, pan-, pluri-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, tele-, etc.)" (Base XVI).

Nestes casos, e porque afro-asiático, afro-luso-brasileiro e luso-brasileiro surgem no texto legal como exemplos da Base XV, a Priberam aplicou a Base XV, considerando que "constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido". Trata-se de uma estrutura morfológica de coordenação, que estabelece uma relação de equivalência entre dois elementos (ex.: luso-brasileiro = lusitano e brasileiro; sino-japonês = chinês e japonês).

São, no entanto, excepção os casos em que o primeiro elemento não é uma unidade sintagmática e semântica e se liga a outro elemento análogo, não podendo tratar-se de justaposição (ex.: lusófono), ou quando o primeiro elemento parece modificar o valor semântico do segundo elemento, numa estrutura morfológica de subordinação ou de modificação, que equivale a uma hierarquização dos elementos (ex.:  eurodeputado = deputado [que pertence ao parlamento europeu]; lusodescendente = descendente [que provém de lusitanos]).

É necessário referir ainda que o uso ou não do hífen nestes casos não é uma questão nova na língua portuguesa e já se colocava antes da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Em diversos dicionários e vocabulários anteriores à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 já havia práticas ortográficas que distinguiam, tanto em Portugal como no Brasil, o uso do hífen entre euro-africano (sistematicamente com hífen) e eurodeputado (sistematicamente sem hífen).


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