PT
BR
Pesquisar
Definições



pêlo

Será que queria dizer pelo ou pélo?
Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
pêlopelopêlopelo
|ê| |ê| |ê| |ê|
( pê·lo pe·lo

pê·lo

pe·lo

)
Imagem

Prolongamento filiforme que cresce na pele dos animais e em algumas partes do corpo humano.


nome masculino

1. Prolongamento filiforme que cresce na pele dos animais e em algumas partes do corpo humano.Imagem

2. Conjunto dos pêlos de um mamífero. = PENUGEM

3. A lanugem dos frutos e das plantas. = PENUGEM


a pêlo

A propósito (ex.: vir a pêlo).

em pêlo

Nu (ex.: gosta de dormir em pêlo).

Sem sela ou arreios (ex.: montar em pêlo).

pêlo na venta

[Informal] [Informal] Mau génio (ex.: a avó tinha pêlo na venta, fervia em pouca água e ralhava muito).

[Informal] [Informal] Ousadia, valentia (ex.: são precisos mais homens e mulheres com pêlo na venta).

ter pêlo

[Informal] [Informal] Ser ousado, valente.

etimologiaOrigem etimológica:latim pilus, -i.

iconeConfrontar: pelo.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:pelagem, pelugem.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: pelo.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pêlo.
grafiaGrafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990:pelo.
grafia Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: pêlo.
pêlopêlo

Auxiliares de tradução

Traduzir "pêlo" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho duas questões a colocar-vos, ambas directamente relacionadas com um programa televisivo sobre língua portuguesa que me impressionou bastante pela superficialidade e facilidade na análise dos problemas da língua. Gostaria de saber então a vossa avisada opinião sobre os seguintes tópicos: 1) no plural da palavra "líder" tem de haver obrigatoriamente a manutenção da qualidade da vogal E? 2) poderá considerar-se que a expressão "prédio em fase de acabamento" é um brasileirismo?
1) No plural da palavra líder, a qualidade da vogal postónica (isto é, da vogal que ocorre depois da sílaba tónica) pode ser algo problemática para alguns falantes.
Isto acontece porque, no português europeu, as vogais a, e e o geralmente não se reduzem foneticamente quando são vogais átonas seguidas de -r em final de palavra (ex.: a letra e de líder, lê-se [ɛ], como a letra e de pé e não como a de se), contrariamente aos contextos em que estão em posição final absoluta (ex.: a letra e de chave, lê-se [i], como a letra e de se e não como a de pé). No entanto, quando estas vogais deixam de estar em posição final de palavra (é o caso do plural líderes, ou de derivados como liderar ou liderança), já é possível fazer a elevação e centralização das vogais átonas, uma regularização muito comum no português, alterando assim a qualidade da vogal átona de [ɛ] para [i], como na alternância comédia > comediante ou pedra > pedrinha. Algumas palavras, porém, mantêm inalterada a qualidade vocálica mesmo em contexto átono (ex.: mestre > mestrado), apesar de se tratar de um fenómeno não regular. Por este motivo, as pronúncias líd[i]res ou líd[ɛ]res são possíveis e nenhuma delas pode ser considerada incorrecta; esta reflexão pode aplicar-se à flexão de outras palavras graves terminadas em -er, como cadáver, esfíncter, hambúrguer, pulôver ou uréter.

2) Não há qualquer motivo linguístico nem estatístico para considerar brasileirismo a expressão em fase de acabamento. Pesquisas em corpora e em motores de busca demonstram que a expressão em fase de acabamento tem, no português europeu, uma frequência muito semelhante a em fase de acabamentos.