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mariquinhas

A forma mariquinhaspode ser [derivação masculino e feminino plural e singular de maricasmaricas], [adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois númerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois números] ou [nome feminino de dois números].

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mariquinhasmariquinhas
( ma·ri·qui·nhas

ma·ri·qui·nhas

)


adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois númerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois números

1. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem é muito maricas.


nome feminino de dois números

2. [Portugal: Minho] [Portugal: Minho] [Botânica] [Botânica] Malmequer branco.

3. [Brasil] [Brasil] Aguardente de cana. = CACHAÇA

maricasmaricas
( ma·ri·cas

ma·ri·cas

)


nome masculino de dois números

1. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Homem que faz trabalhos considerados próprios de mulher.

2. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Homem que revela comportamento ou traços tradicionalmente associados ao género feminino. = EFEMINADO

3. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Homem homossexual. = BICHA, LARILAS, MARICONÇO, PANELEIRO


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

4. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que revela características atribuídas à homossexualidade masculina. = BICHA, LARILAS, MARICONÇO, PANELEIRO


adjectivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois númerosadjetivo de dois géneros e dois números e nome de dois géneros e dois números

5. [Informal, Depreciativo] [Informal, Depreciativo] Que ou quem tem medo. = CAGAROLAS, COBARDOLAS, MEDRICAS, MEDROSO


nome feminino de dois números

6. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Cachimbo para fumar marijuana.

etimologiaOrigem etimológica:Maricas ou Marica, antropónimo, de Maria + -ica.

Auxiliares de tradução

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Dúvidas linguísticas



A utilização da expressão à séria nunca foi tão utilizada. Quanto a mim esta expressão não faz qualquer sentido. Porque não utiliz am a expressão a sério?
A locução à séria segue a construção de outras tantas que são comuns na nossa língua (junção da contracção à com uma substantivação feminina de um adjectivo, formando locuções com valor adverbial): à antiga, à portuguesa, à muda, à moderna, à ligeira, à larga, à justa, à doida, etc.

Assim, a co-ocorrência de ambas as locuções pode ser pacífica, partindo do princípio que à séria se usará num contexto mais informal que a sério, que continua a ser a única das duas que se encontra dicionarizada. Bastará fazer uma pesquisa num motor de busca na internet para se aferir que à séria é comummente utilizada em textos de carácter mais informal ou cujo destinatário é um público jovem; a sério continua a ser a que apresenta mais ocorrências (num rácio de 566 para 31800!).




Escrevo-lhes da Galiza, depois de ter procurado o significado da palavra "galego" no dicionário Priberam. Encontrei uma definição que considero desrespeitosa, e ainda mais na actualidade. Tenham em conta que como cidadãos da Galiza (espanhola ou portuguesa) e utentes da língua comum galego-portuguesa consideramos de muito mau gosto que persistam nos seus dicionários definições de 150 anos atrás que nada têm a ver com que significa ser Galego ou Galega na actualidade.
Agradecia muito que mudassem o conteúdo dessa definição mais ofensivo para os cidadãos galegos.
A função de um dicionário passa por uma descrição dos usos da língua, devendo basear-se essencialmente em factos linguísticos e não estabelecer juízos de valor relativamente a eles, antes apresentá-los o mais objectivamente possível. Em relação às definições da palavra galego, o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) veicula o significado que ela apresenta na língua, mesmo que alguns dos seus significados possam revelar o preconceito ou a discriminação presentes no uso da língua.

As acepções que considera injuriosas têm curso actualmente em Portugal (como se pode verificar através de pesquisa em corpora e em motores de busca na internet), sendo usadas em registos informais e com intenções pejorativas, estando registadas, para além do DPLP, nas principais obras lexicográficas de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências de Lisboa/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002). O DPLP não pode omitir ou branquear determinados significados, independentemente das convicções de cada lexicógrafo ou utilizador do dicionário.

Como acontece com qualquer palavra, o uso destas acepções de galego decorre da selecção feita pelo utilizador da língua, consoante o registo de língua e o conhecimento das situações de comunicação e dos códigos de conduta social. O preconceito não pode ser imputado ao dicionário, que se deve limitar a registar o uso (daí as indicações de registo informal [Infrm.] e depreciativo [Deprec.]). Este não é, na língua portuguesa ou em qualquer outra língua, um caso único, pois as línguas, enquanto sistemas de comunicação, veiculam também os preconceitos da cultura em que se inserem.

Esta reflexão também se aplica a outros exemplos, como o uso dos chamados palavrões, ou tabuísmos, cuja utilização em determinadas situações é considerada altamente reprovável, ou ainda de palavras que têm acepções depreciativas no que se refere a distinções sexuais, religiosas, étnicas, etc.