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interceptoramente

A forma interceptoramentepode ser [derivação de interceptorintercetorinterceptor] ou [advérbio].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
interceptoramenteintercetoramenteinterceptoramente
|ètô| |ètô| |èptô|
( in·ter·cep·to·ra·men·te in·ter·ce·to·ra·men·te

in·ter·cep·to·ra·men·te

)


advérbio

De modo interceptor.

etimologiaOrigem etimológica:interceptor + -mente.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: intercetoramente.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: interceptoramente.
grafiaGrafia no Brasil:interceptoramente.
grafiaGrafia em Portugal:intercetoramente.
interceptorintercetorinterceptor
|ètô| |ètô| |èptô|
( in·ter·cep·tor in·ter·ce·tor

in·ter·cep·tor

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

Que ou o que intercepta.

etimologiaOrigem etimológica:latim interceptor, -oris.
Confrontar: interoceptor.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: intercetor.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: interceptor.
grafiaGrafia no Brasil:interceptor.
grafiaGrafia em Portugal:intercetor.


Dúvidas linguísticas


Gostaria que me explicassem se a palavra secados (plural de secado) existe. Se a resposta for sim, porque não a encontro em nenhum dicionário?
O verbo secar tem duplo particípio passado: secado e seco. Nos verbos em que este fenómeno acontece, o particípio regular (ex.: secado) é geralmente usado com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular (ex.: seco, seca, secos, secas) são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento) e assumem mais facilmente o papel adjectival (ex.: este bolo ficou demasiado seco). Por este motivo, é usual não haver flexão do particípio regular, pois este não é geralmente usado como adjectivo, não flexionando em género, número ou grau (ex.: *secada, *secados, *secadas; *muito secado; o asterisco indica agramaticalidade).

Estas considerações, tomadas da gramática tradicional, têm no entanto muitas excepções, o que evidencia a problemática da questão e a ausência de respostas peremptórias para certas questões linguísticas. A título de exemplo, podemos referir que há verbos cujo particípio abundante não é consensual (com resoluto e resolvido, por exemplo, não é claro se o primeiro é particípio irregular de resolver ou adjectivo cognato; relativamente ao verbo ganhar não é unânime a existência do particípio ganhado a par de ganho); há verbos cujo particípio regular, ao contrário de secado, também tem uso adjectival (ex.: confundido, empregado); há até indicações de alguns gramáticos para diferenças de utilização dos dois particípios baseadas em critérios semânticos e não sintácticos (por exemplo, Cunha e Cintra, na Nova Gramática do Português Contemporâneo [Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 442], sugerem que o verbo imprimir só tem duplo particípio quando significa ‘estampar, gravar’, com o exemplo Este livro foi impresso em Portugal, e não quando significa ‘imprimir movimento’, com o exemplo Foi imprimida enorme velocidade ao carro).




A questão da regência verbal sempre foi problemática na língua portuguesa e, se calhar, em todas as outras. Mas, uma das regências mais controversas é a do verbo apelar. Uns insistem que a preposição exigida por este verbo é a, enquanto outros consideram que é para. Qual será então a forma correcta? Por exemplo, devemos dizer o padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina ou o padre apelou aos crentes a manterem-se fiéis à doutrina?
O verbo apelar pode ser intransitivo, isto é, admite uma construção sem complemento nominal obrigatório (ex.: O advogado apelou), ou transitivo indirecto, isto é, admite uma construção com um complemento nominal regido de preposição, que pode ser a, de ou para, consoante os contextos ou as acepções. A construção de apelar com a preposição de é usual no sentido que diz respeito a recurso de decisões ou sentenças (ex. O advogado apelou da sentença). As construções que parecem ser objecto de dúvida são aquelas em que se utiliza as preposições a ou para. Neste caso, ambas estão atestadas nos principais dicionários de língua e de regência verbais, sendo possíveis e correctas as construções O padre apelou aos crentes ou O padre apelou para os crentes. Esta construção pode ainda complicar-se como o exemplo apresentado sugere: O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis.

Os dicionários e as gramáticas geralmente não se pronunciam sobre estas construções mais complexas, por haver dificuldade em descrevê-las ou designá-las. Neste caso, o complemento assinalado constitui um outro complemento indirecto que se articula com o primeiro. Do ponto de vista sintáctico, não parece existir motivo para a preposição não poder ser a mesma nos dois casos (ex.: O padre apelou aos crentes a se manterem fiéis.), mas para evitar ambiguidades ou dificuldades de percepção, a preposição deverá ser diferente. Se se entender que a construção é demasiado complexa, é possível simplificá-la apenas com um complemento indirecto, mantendo toda a informação semântica (ex.: O padre apelou a que os crentes se mantivessem fiéis ou O padre apelou para os crentes se manterem fiéis).

A construção que não respeita a regência do verbo é aquela em que existe um complemento directo, isto é, um complemento nominal não regido de preposição. Assim sendo, o exemplo *O padre apelou os crentes para se manterem fiéis à doutrina pode ser considerado agramatical, pois o verbo deve ter um complemento indirecto, logo o complemento destacado deverá ser introduzido por uma preposição: O padre apelou aos crentes para se manterem fiéis à doutrina.