Tendo eu consultado a Direcção-Geral dos Registos e do Notariado sobre se o vocábulo “Ramberto” pode ser admitido como nome próprio masculino, informaram-me os mesmos o seguinte: "Tendo presente a consulta sobre se o vocábulo “Ramberto” pode ser admitido como nome próprio masculino, informa-se que o mesmo não consta dos vocabulários onomásticos disponíveis, pelo que, em princípio, contraria o disposto no artº 103º, nº 2 alínea a) do Código do registo Civil. No entanto, esta Conservatória poderá providenciar para que seja emitido parecer onomástico sobre o vocábulo pretendido, não obstante a demora que possa verificar-se, sendo para o efeito V. Exª convidado a apresentar elementos relativos à origem do nome pretendido, designadamente bibliografias ou outros, e a fazer o respectivo preparo ..." O meu contacto convosco vai no sentido de saber se poderão auxiliar-me na obtenção dos elementos necessários pretendidos pela DGRN e de que forma. Mais informo de que o vocábulo em questão consta no Vocabulário Antroponímico do Dicionário Universal da Língua Portuguesa da Texto Editora.
O antropónimo masculino Ramberto encontra-se registado em algumas obras como o Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra, Coimbra Editora, 1966), de Francisco Rebelo Gonçalves, ou o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa (1.ª ed., 2 tomos, Lisboa, Âncora Editora, 2001), de José Pedro Machado. Também numa das obras deste autor, o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa (3.ª ed., 3 vol., Lisboa, Livros Horizonte, 2003), esse nome próprio aparece registado e com a informação de que se trata de palavra com origem no francês Rambart, que por sua vez é nome de origem germânica (composto pelas palavras ragin, que significa “conselho”, e berht, que significa “brilhante, ilustre”).
Gostaria de saber das regras para o uso adequado da palavra se.
Para empregar correctamente a palavra se, é necessário analisar e
perceber a diferença entre duas classificações, a de conjunção
subordinativa (em 1) e a de pronome pessoal átono (em 2).
1 Como conjunção, a palavra se surge para ligar frases
subordinadas e pode ter vários valores, que se podem resumir basicamente em:
1.1 Conjunção subordinativa condicional, para indicar uma condição ou uma
hipótese (ex.: Só podem brincar na rua se não chover; Se
chegares atrasado, a responsabilidade é tua).
1.2 Conjunção subordinativa integrante, para iniciar frases
interrogativas indirectas (ex. Perguntou se aquilo era verdade).
2 Como pronome pessoal, a palavra se pode corresponder a
quatro tipos de
estruturas diferentes, estando sempre acompanhada de um verbo (antes ou depois).
2.1 Pronome
pessoal átono reflexo, para indicar o complemento directo
quando a acção do sujeito recai sobre ele próprio (ex.: Vestiu-se
rapidamente.).
2.2 Pronome
pessoal átono recíproco, para indicar o complemento directo sobre o qual
recai uma acção mutuamente realizada e sofrida
por um sujeito
plural ou complexo (ex.: Cumprimentaram-se
respeitosamente.).
2.3 Pronome
pessoal átono
que desempenha a função de sujeito indefinido ou indeterminado, com um valor
próximo de a gente ou alguém (ex.: Lê-se esse livro com
muita facilidade).
2.4 Pronome
pessoal átono apassivante, com um valor próximo de uma frase
passiva (ex.: Arrenda-se loja no centro).
Sobre esta questão, e porque a palavra se é frequentemente
confundida, na ortografia, com a terminação do pretérito imperfeito do
conjuntivo, por favor consulte também outra dúvida relacionada em
pretérito imperfeito do conjuntivo e presente do indicativo
seguido de -se.