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De acordo com os dicionários de língua portuguesa que registam a transcrição fonética das palavras, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, o primeiro e de brejeiro lê-se [ɛ], como o e aberto de vela ou neto.
No português de Portugal é comum a elevação e centralização das vogais átonas, como por exemplo a alteração da qualidade da vogal [ɛ] para [i] em pesca > pescar ou vela > veleiro, mas há palavras que mantêm inalterada a qualidade da vogal, sendo este o caso de brejeiro, que mantém a qualidade do e da palavra brejo.
Quero saber como separa a palavra águia e palavras semelhantes a ela.
A palavra águia deverá dividir-se para translineação da seguinte
forma: á-gui-a. A divisão para translineação é de base essencialmente
silábica, embora haja alguns casos convencionados em que isso não acontece.
Neste caso específico, não há nada que impeça que a divisão para translineação
não seja a divisão das sílabas á gui a, excepto a recomendação feita
muitas vezes no sentido de, por questões de clareza (e não por nenhuma
obrigatoriedade convencionada), não se manter numa das linhas uma sílaba de apenas uma letra
(ex.: á-//guia ou águi-//a). Se se seguir esta recomendação, a
palavra águia não deverá ser dividida para translineação.
No português do Brasil, no entanto, por indicação do
Formulário Ortográfico de 1943 (grupo XV, 7ª), não deverá haver translineação em águi-a (mas nada a
impede em á-guia), uma vez
que "não se separam as vogais dos ditongos - crescentes e decrescentes". Com a entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico (cf.
Base XX, 4.º), esta indicação deixa de ser
válida.