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gémeos

A forma gémeospode ser [masculino plural astrónimo de gémeogêmeo] ou [masculino plural de gémeogêmeo].

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gémeogêmeo
( gé·me·o

gê·me·o

)
Imagem

AnatomiaAnatomia

Diz-se de ou cada um dos dois músculos que formam a barriga da perna.


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Diz-se de ou cada um de dois ou mais irmãos nascidos do mesmo parto.

2. [Anatomia] [Anatomia] Diz-se de ou cada um dos dois músculos que formam a barriga da perna.Imagem = GASTROCNÉMIO, GEMELO


adjectivoadjetivo

3. Igual ou muito parecido.

4. Diz-se do parto de dois filhos.

5. [Botânica] [Botânica] Diz-se dos frutos do mesmo pedúnculo, dos cristais reunidos por aposição.

6. [Mineralogia] [Mineralogia] Diz-se dos cristais reunidos por aposição.


nome masculino

7. [Brasil] [Brasil] Medida igual à distância que vai da extremidade do polegar à do dedo indicador, tendo os dedos estendidos e abertos. (Confrontar: palmo.)Imagem = FURCO

gémeos


nome masculino plural

8. Grupo de irmãos nascidos do mesmo parto.

9. [Astronomia] [Astronomia] Constelação zodiacal. (Geralmente com inicial maiúscula.)

10. [Astrologia] [Astrologia] Signo do Zodíaco, entre Touro e Caranguejo. (Geralmente com inicial maiúscula.)


nome de dois géneros e de dois números

11. [Astrologia] [Astrologia] Indivíduo desse signo. = GEMINIANO


gémeos conjugados

Aqueles que nasceram ligados por uma parte do corpo.

gémeos dizigóticos

Aqueles que provêem de óvulos diferentes.

gémeos falsos

O mesmo que gémeos dizigóticos.

gémeos fraternos

O mesmo que gémeos dizigóticos.

gémeos idênticos

O mesmo que gémeos monozigóticos.

gémeos monozigóticos

Aqueles que provêem do mesmo óvulo.

gémeos univitelinos

O mesmo que gémeos monozigóticos.

gémeos verdadeiros

O mesmo que gémeos monozigóticos.

etimologiaOrigem etimológica:latim geminus, -a, -um, duplo, que forma par, parecido.

grafiaGrafia no Brasil:gêmeo.
grafiaGrafia no Brasil:gêmeo.
grafiaGrafia em Portugal:gémeo.
grafiaGrafia em Portugal:gémeo.
gémeosgémeos

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).