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gado

A forma gadoé[nome masculino].

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gado1gado1
( ga·do

ga·do

)
Imagem

gado cabrum

Conjunto de cabras, bodes ou cabritos.


nome masculino

1. Conjunto de animais quadrúpedes, como vacas, touros, bois, muares, cavalos de lavoura, ovelhas ou cabras, cuja criação em conjunto se destina à alimentação ou a serviços agrícolas (ex.: gado bovino; gado caprino; gado cavalar; gado ovino).

2. [Calão, Depreciativo] [Tabuísmo, Depreciativo] Casta, raça.

3. [Calão, Depreciativo] [Tabuísmo, Depreciativo] Conjunto de prostitutas.


gado bravo

Conjunto de animais não domesticados, em especial de touros criados em liberdade para as touradas.

gado cabrum

Conjunto de cabras, bodes ou cabritos.Imagem

gado caprum

O mesmo que gado cabrum.

gado de bico

Conjunto de aves domésticas cuja criação em conjunto se destina à alimentação ou à produção de ovos.

gado de corte

Conjunto de animais destinados a abate para consumo na alimentação.

gado de cria

Conjunto de animais que se destina à procriação.

gado de engorda

Conjunto de animais que vive em pastagens para ganhar peso antes do abate.

gado de lã

Conjunto de animais que têm lã ou lanugem, como as ovelhas.

gado grosso

Conjunto de animais de grande porte, como vacas, muares, cavalos ou búfalos.

gado miúdo

Conjunto de ovelhas, cabras ou porcos.

gado ovelhum

Conjunto de ovelhas, carneiros ou cordeiros.

gado vacum

Conjunto de bois, bezerros, vacas, vitelas, touros ou novilhos.Imagem

sair o gado mosqueiro

[Popular] [Popular] Suceder a alguém o contrário do que esperava.

etimologiaOrigem etimológica:origem duvidosa, talvez do espanhol ganado, de ganar, ganhar, do gótico *ganan, cobiçar.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:adua, gadaria.
gado2gado2
( ga·do

ga·do

)


nome masculino

[Ictiologia] [Ictiologia] Peixe tipo da família gadídea.

etimologiaOrigem etimológica:latim científico Gadus, do grego gádos, -ou, espécie de peixe.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:cardume.

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Traduzir "gado" para: Espanhol Francês Inglês

Anagramas



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se escrever ou dizer o termo deve de ser é correcto? Eu penso que não é correcto, uma vez que neste caso deverá dizer-se ou escrever deverá ser... Vejo muitas pessoas a usarem este tipo de linguagem no seu dia-a-dia e penso que isto seja uma espécie de calão, mas já com grande influência no vocabulário dos portugueses em geral.
Na questão que nos coloca, o verbo dever comporta-se como um verbo modal, pois serve para exprimir necessidade ou obrigação, e como verbo semiauxiliar, pois corresponde apenas a alguns dos critérios de auxiliaridade geralmente atribuídos a verbos auxiliares puros como o ser ou o estar (sobre estes critérios, poderá consultar a Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira Mateus, Ana Maria Brito, Inês Duarte e Isabel Hub Faria, pp. 303-305). Neste contexto, o verbo dever pode ser utilizado com ou sem preposição antes do verbo principal (ex.: ele deve ser rico = ele deve de ser rico). Há ainda autores (como Francisco Fernandes, no Dicionário de Verbos e Regimes, p. 240, ou Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa, p. 232) que consideram existir uma ligeira diferença semântica entre as construções com e sem a preposição, exprimindo as primeiras uma maior precisão (ex.: deve haver muita gente na praia) e as segundas apenas uma probabilidade (ex.: deve de haver muita gente na praia). O uso actual não leva em conta esta distinção, dando preferência à estrutura que prescinde da preposição (dever + infinitivo).



A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).