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freiodemão

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freiofreio
( frei·o

frei·o

)


nome masculino

1. Peça de metal que se mete na boca das cavalgaduras para as guiar.

2. Aparelho com que se neutraliza o impulso que, nas descidas, o peso dos veículos imprime às rodas.

3. Lugar (no veículo) onde se manobra o freio.

4. [Figurado] [Figurado] O que serve para moderar ou conter. = REPRESSÃO

5. [Anatomia] [Anatomia] Prega cutânea ou mucosa que liga duas estruturas, uma delas geralmente móvel.

6. [Anatomia] [Anatomia] Membrana que prende a língua pela parte inferior. = FRÉNULO

7. [Anatomia] [Anatomia] Ligamento do prepúcio à glande. = FRÉNULO

8. [Ornitologia] [Ornitologia] Parte da cabeça das aves, entre a base do bico e os olhos. = BRIDA, LORO

9. [Serralharia] [Serralharia] Cada uma das queixadas do torno do serralheiro.

10. Impedimento; obstáculo.


freio automático

[Termo ferroviário] [Termo ferroviário]  Aparelho que faz parar um comboio quase instantaneamente.

freio de emergência

O mesmo que freio de mão.

freio de estacionamento

O mesmo que freio de mão.

freio de mão

Mecanismo de travagem, accionado geralmente por uma alavanca manual, cuja finalidade é manter o veículo automóvel imobilizado em segurança. = TRAVÃO DE EMERGÊNCIA, TRAVÃO DE ESTACIONAMENTO, TRAVÃO DE MÃO

freios e contrapesos

Sistema de separação e controlo mútuo dos poderes legislativo, executivo e judicial.

tomar o freio nos dentes

Desbocar-se (o cavalo).

Descomedir-se.

etimologiaOrigem etimológica:latim frenum, -i.
freiodemãofreiodemão

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Tenho, há algum tempo, uma "discussão" com uma amiga relativamente à palavra "espilro". Eu digo que esta palavra existe há muito, muito tempo, ao passo que a minha amiga diz que só passou a existir segundo o novo acordo ortográfico. Podem ajudar a esclarecer-nos?
Não encontrámos uma datação para a palavra espilro, mas esta palavra (e o verbo de que deriva regressivamente, espilrar), provém de uma epêntese em espirro (espirro > espilro) e não terá com certeza surgido como consequência do novo Acordo Ortográfico. Rebelo Gonçalves, no seu Vocabulário da Língua Portuguesa (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista espilrar e espilro, afirmando que se trata de um registo popular. Idêntica informação é fornecida pelo Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.