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espíritosanto

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espíritoespírito
( es·pí·ri·to

es·pí·ri·to

)


nome masculino

1. Coisa incognoscível que anima o ser vivo.

2. Entidade sobrenatural. = ABANTESMA, ALMA, ESPECTRO, FANTASMA

3. Ente imaginário.

4. Ser de um mundo invisível.

5. Conjunto das faculdades intelectuais (ex.: espírito curioso).

6. Vida.

7. Razão.

8. Inteligência.

9. Energia.

10. Carácter, índole.

11. Aptidão, capacidade.

12. Opinião, sentimento.

13. Intenção.

14. Génio, talento.

15. Pessoa.

16. Imaginação, graça, engenho.

17. Essência.

18. Sentido.

19. Ideia predominante.

20. Tendência.

21. Ar; sopro.

22. Respiração, hálito.

23. Parte volátil de um líquido. = ÁLCOOL

24. [Gramática] [Gramática] Sinal diacrítico do grego, para marcar a aspiração inicial ou a sua ausência.

25. [Religião] [Religião] Alma.

26. Alma do outro mundo.


espírito animal

Suposto fluido que leva as sensações ao cérebro.

espírito de contradição

Pessoa que tem a mania de contradizer, de estar sempre em oposição com as ideias ou os desejos dos outros.

espírito de porco

[Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Indivíduo que se intromete em situações ou assuntos complicados, atrapalhando ou dificultando a sua resolução.

espírito de vinho

Álcool.

espírito engarrafado

[Irónico] [Irônico] Falta de graça, de espirituosidade.

espírito forte

Pessoa descrente das máximas convencionais que a maioria afecta acatar.

espírito maligno

Demónio.

Espírito Santo

[Religião] [Religião]  Uma das pessoas da trindade cristã.

espírito santo de orelha

Pessoa que sugere a outra o que há-de responder. = PARACLETO

Explicação, resposta ou informação que é sugerida secretamente.

etimologiaOrigem etimológica:latim spiritus, -us, sopro, ar, alma.
espíritosantoespíritosanto

Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




O que é que "tôu" significa? Aqui está a referência em Português, de uma canção de Ed Motta, famoso cantador brasileiro: "Tôu com alguém que me tirou do normal".
O verbo estar é por vezes usado oralmente em contextos informais na sua forma aferética tar, com supressão da sílaba inicial es- (ex.: Eu [es]tou com fome; Ela [es] atrasada; Nós [es]tamos sem paciência; Eles [es]tão muito animados). A forma aferética da primeira pessoa do singular do presente do indicativo (tou) pode também ser transcrita informalmente como , dado ser uma grafia mais económica que reproduz o mesmo som.

A grafia tôu, que menciona na sua dúvida, resulta provavelmente da confusão das duas grafias anteriores e não deverá ser usada porque não respeita as regras de acentuação do português.

Sublinhe-se que em contextos não informais estas formas reduzidas deverão ser evitadas.