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contrariamente

A forma contrariamentepode ser [derivação de contráriocontrário] ou [advérbio].

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contrariamentecontrariamente
( con·tra·ri·a·men·te

con·tra·ri·a·men·te

)


advérbio

1. De modo contrário.

2. Indica oposição ou contraste em relação ao que se afirmou antes (ex.: o primeiro argumento parece sensato; contrariamente, o segundo é absurdo).IGUALMENTE


contrariamente a

Em oposição a (ex.: contrariamente ao esperado, tudo correu bem). = AO CONTRÁRIO DE

etimologiaOrigem etimológica: contrário + -mente.
contráriocontrário
( con·trá·ri·o

con·trá·ri·o

)


adjectivoadjetivo

1. Que tem ou mostra a maior diferença possível em relação a outra coisa. = INVERSO, OPOSTO

2. Que é contra, que discorda. = ADVERSO, AVESSO, HOSTILFAVORÁVEL

3. Que contraria, que contradiz.

4. Que pode causar dano ou ter efeito negativo. = NOCIVO, PREJUDICIAL

5. Que está na parte oposta à que se observa ou à que deve ficar virada para o observador (ex.: lado contrário). = REVERSO


nome masculino

6. Aquilo que constitui a maior diferença possível em relação a outra coisa. = AVESSO, INVERSO, OPOSTO, REVERSO

7. [Linguística] [Lingüística] [Linguística] Palavra ou expressão cujo sentido se opõe ao de outra. = ANTÓNIMO

8. Lado oposto. = AVESSO, ENVESSO, REVERSO

9. Adversário, inimigo, antagonista.


antes pelo contrário

O mesmo que pelo contrário.

ao contrário

O mesmo que pelo contrário.

Em sentido inverso.

Com o lado destinado ao interior virado para fora ou com o lado destinado à frente virado para trás (ex.: vestiu a camisola ao contrário).

ao contrário de

Em oposição a (ex.: ao contrário do esperado, ele não disse nada). = CONTRARIAMENTE A

caso contrário

Usa-se para indicar consequência, se a condição anterior não for cumprida (ex.: trato disso hoje, se tiver tempo; caso contrário, faço amanhã). = DE CONTRÁRIO, DO CONTRÁRIO, SENÃO

de contrário

O mesmo que caso contrário.

do contrário

O mesmo que caso contrário.

em contrário

Contra (ex.: procedeu às tarefas de rotina porque não recebeu nenhuma indicação em contrário).

pelo contrário

Em frases declarativas, indica reforço do que foi negado anteriormente ou introduz alternativa contrária (ex.: o jardim não será destruído, pelo contrário, será mantido e ampliado; em vez de ajudar, pelo contrário, pode estar a atrapalhar).

Em frases interrogativas directas ou indirectas, indica oposição alternativa ao que enunciado anteriormente (ex.: vão investigar se houve fraude ou se, pelo contrário, estava tudo regular).

etimologiaOrigem etimológica: latim contrarius, -a, -um, que está em frente, oposto, hostil.
contrariamentecontrariamente

Auxiliares de tradução

Traduzir "contrariamente" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Como se escreve, em números, um milhão? Com pontos, sem pontos e com espaços ou sem pontos e sem espaços? 1.000.000, 1 000 000 ou 1000000?
Não há qualquer norma ortográfica para o uso de um separador das classes de algarismos (unidades, milhares, milhões, etc.) ou para o separador das casas decimais, pois o Acordo Ortográfico de 1945 e o Acordo Ortográfico de 1990 (os textos legais reguladores da ortografia portuguesa) são omissos.

Há várias opiniões sobre o assunto e a maioria dos livros de estilo (veja-se, a título de exemplo, o texto disponibilizado pelo jornal Público no seu Livro de Estilo, artigo "Números", ponto 1.), prontuários e consultores linguísticos para o português defende o uso do ponto a separar as classes de algarismos (ex.: 1.000.000) e da vírgula para separar a parte inteira da parte decimal (ex.: 100,5).

Como se trata de uma questão de metrologia, mais do que de ortografia, a resolução n.º 10 (https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/22/10/) da 22.ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (Paris, 12 - 17 de Outubro de 2003) organizada pelo Bureau International des Poids et Mesures, em que Portugal participou, é importante e pode contribuir para a uniformização nesta questão (esta resolução apenas reforça a resolução n.º 7 [https://www.bipm.org/fr/CGPM/db/9/7/] da 9.ª Conferência ocorrida em 1948, que apontava no mesmo sentido): o símbolo do separador decimal poderá ser a vírgula ou o ponto (sobretudo nos países anglo-saxónicos e em teclados de computadores e calculadoras); apenas para facilitar a leitura, os números podem ser divididos em grupos de três algarismos (que correspondem às classes das unidades, milhares, milhões, etc.), a contar da direita, mas estes grupos não devem nunca ser separados por pontos ou por vírgulas (ex.: 1 000 000,5 ou 1 000 000.5 e não 1.000.000,5 ou 1,000,000.5).

Por respeito pelas convenções internacionais e por uma questão de rigor (é fácil de concluir que a utilização do ponto ou da vírgula para separar as classes de algarismos num número que contenha casas decimais pode gerar equívocos), é aconselhável não utilizar outro separador para as classes de algarismos senão o espaço (ex.: 1000000 ou 1 000 000).




Sou um profissional com formação na área de exatas e, freqüentemente, encontro dificuldades em escolher as preposições certas para determinadas construções. Por exemplo, não sei se em um texto formal diz-se que "o ambiente está a 50oC" ou se "o ambiente está à 50oC". (O uso da crase vem em minha cabeça como se houvesse a palavra feminina temperatura subentendida, como na forma consagrada "sapato à Luís XV", em que a palavra moda fica elíptica). Existem, em nossa língua, dicionários de regência on-line?
A crase é a contracção de duas vogais iguais. Há muitas vezes confusão entre à (contracção da preposição a com o artigo definido a) e a (artigo ou preposição).

Em geral, a preposição contrai-se com artigos definidos femininos (ex.: Ofereceu uma flor à namorada, O carro está em frente à casa) e com a locução relativa a qual (ex.: Esta é a instituição à qual ele está vinculado). Há também locuções fixas que contêm crase, onde se pode subentender moda ou maneira (ex.: Feijoada à [moda/maneira] brasileira).

Em geral, não se usa a crase antes de nome masculino (ex.: Foi andar a cavalo), de forma verbal (ex.: Esteve a dormir), de artigo indefinido (ex.: Chegou a uma brilhante conclusão) ou de topónimos que não precisam de artigo (ex.: Chegou a Brasília). Há ainda locuções fixas que não contêm crase (ex.: Encontraram-se frente a frente).

Por vezes há ainda confusão entre a contracção da preposição a com um pronome demonstrativo começado por a- (aquela, aquele, aquilo) e o uso isolado do pronome demonstrativo. Ex.: Àquela hora, não havia ninguém na rua. Nunca viu nada semelhante àquilo.

No caso do exemplo apresentado, numa frase como "o ambiente está a 50oC" não poderá usar a crase, pois não poderia subentender "o ambiente está à (temperatura de) 50oC" como é possível fazer em "sapato à [moda] Luís XV", pois isto acontece apenas em locuções fixas já consagradas pelo uso.

Tanto a crase como as regências (nominais ou verbais) fazem parte de uma área problemática da língua portuguesa, tanto na variedade do Brasil, como na de Portugal. Nestes casos não há soluções mágicas, mas tentativas de auxílio aos utilizadores de uma coisa tão complexa como a sua língua. O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa contém informação acerca das regências verbais e exemplos que ilustram o uso de determinados verbos. O FLiP (www.flip.pt) é um programa que inclui um corrector sintáctico que, entre outras funções, corrige alguns destes aspectos.