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capacíssimo

A forma capacíssimopode ser [derivação masculino singular de capazcapaz] ou [adjectivoadjetivo].

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capacíssimocapacíssimo
( ca·pa·cís·si·mo

ca·pa·cís·si·mo

)


adjectivoadjetivo

Muito capaz.

etimologiaOrigem etimológica:latim capacissimus, -a, -um.
capazcapaz
( ca·paz

ca·paz

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. Que tem capacidade para (ex.: o hotel é capaz de alojar duzentas pessoas).

2. Que tem as qualidades ou características adequadas para determinado fim ou tarefa (ex.: a sua filha é capaz de pintar muito bem).INCAPAZ

3. Que faz bem o seu trabalho ou demonstra competência em determinada actividade (ex.: médico capaz). = CAPACITADO, COMPETENTEINCOMPETENTE, INEPTO

4. Que tem a possibilidade de ou a capacidade para; que preenche as condições necessárias para (ex.: ele não é capaz de ser antipático; estava tão triste com a notícia que era capaz de chorar; o texto do artigo é capaz de ser compreendido por um vasto público).

5. Que tem as condições ou as qualidades certas para determinado uso (ex.: a grua é capaz de suportar muito peso). = ADEQUADO, APROPRIADO, CONVENIENTE, PRÓPRIODESADEQUADO, IMPRÓPRIO, INADEQUADO

6. Que tem aptidão ou habilitações adequadas para (ex.: a criança já é capaz de andar; ela já é capaz de falar alemão). = APTO, HABILITADOINAPTO, INCAPAZ

7. Que demonstra seriedade ou honestidade (ex.: não te preocupes, é um trabalhador capaz). = HONESTO, HONRADO, SÉRIODESONESTO

8. [Direito] [Direito] Que tem capacidade legal.

etimologiaOrigem etimológica:latim capax, -acis, espaçoso, amplo, extenso, capaz de.


Dúvidas linguísticas



Qual a forma correcta: perda de tempo ou perca de tempo?
As formas perda e perca são sinónimas, e encontram-se registadas como tal, por exemplo, no Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra Editora, 1966) e em dicionários como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Academia das Ciências/Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002).

No entanto, a forma preferencial é perda, uma vez que a variante perca tem origem mais popular, devendo ser utilizada apenas em contextos mais informais.




A minha dúvida é a respeito da etimologia de determinadas palavras cuja raiz é de origem latina, por ex. bondade, sensibilidade, depressão, etc. No Dicionário Priberam elas aparecem com a terminação nominativa mas noutros dicionários parece-me que estão na terminação ablativa e não nominativa. Gostaria que me esclarecessem.
O Dicionário Priberam da Língua Portuguesa regista, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas que são normalmente enunciadas na forma do nominativo, seguida do genitivo: bonitas, bonitatis (ou bonitas, -atis); sensibilitas, sensibilitatis (ou sensibilitas, -atis) e depressio, depressionis (ou depressio, -onis).

Noutros dicionários gerais de língua portuguesa, é muito usual o registo da etimologia latina através da forma do acusativo sem a desinência -m (não se trata, como à primeira vista pode parecer, do ablativo). Isto acontece por ser o acusativo o caso lexicogénico, isto é, o caso latino que deu origem à maioria das palavras do português, e por, na evolução do latim para o português, o -m da desinência acusativa ter invariavelmente desaparecido. Assim, alguns dicionários registam, por exemplo, na etimologia de bondade, sensibilidade ou depressão, as formas bonitate, sensibilitate e depressione, que foram extrapoladas, respectivamente, dos acusativos bonitatem, sensibilitatem e depressionem.

Esta opção de apresentar o acusativo apocopado pode causar alguma perplexidade nos consulentes dos dicionários, que depois não encontram estas formas em dicionários de latim. Alguns dicionários optam por assinalar a queda do -m, colocando um hífen no final do étimo latino (ex.: bonitate-, sensibilitate-, depressione-). Outros, mais raros, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa optaram por enunciar os étimos latinos (ex.: bonitas, -atis; sensibilitas, -atis, depressio, -onis), não os apresentando como a maioria dos dicionários; o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não enuncia o étimo latino dos verbos, referenciando apenas a forma do infinitivo (ex.: fazer < facere; sentir < sentire).