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bolhas

A forma bolhaspode ser [feminino plural de bolhabolha] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de bolharbolhar].

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bolhabolha
|ô| |ô|
( bo·lha

bo·lha

)


nome feminino

1. Erupção entre a derme e a epiderme em que há acumulação de serosidade. = EMPOLA

2. Glóbulo formado pelo ar que se eleva à superfície dos líquidos.

3. Defeito causado pela existência de uma pequena quantidade de ar que fica numa substância fundida. = PALHA

4. [Economia] [Economia] Situação, geralmente ilusória ou efémera, em que há crescimento de uma variável ou aumento do valor de um bem sem sustentação real (ex.: bolha especulativa; bolha imobiliária; bolha inflacionária).

5. [Informal, Figurado] [Informal, Figurado] Apego excessivo ou obsessivo a uma ideia ou intenção. = FIXAÇÃO, MANIA, TELHA


adjectivo de dois géneros e nome de dois génerosadjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

6. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Que ou o que é muito aborrecido.

etimologiaOrigem etimológica:latim bulla, -ae, bolha de ar.

iconeConfrontar: bulha.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:borbulhagem.
bolharbolhar
( bo·lhar

bo·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Formar bolhas; borbulhar.

2. Fazer sair em borbotões.

etimologiaOrigem etimológica:bolha + -ar.

iconeConfrontar: bulhar.
bolhasbolhas

Auxiliares de tradução

Traduzir "bolhas" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Diz-se parecido a ou parecido com? Por exemplo, parecido ao Pai ou parecido com o Pai? Ambas as formas estão correctas?
O adjectivo parecido pode ser regido, tal como o verbo parecer de que deriva, pelas preposições a e com. Assim, ambas as expressões que refere estão correctas, assim como correctas estão as frases parece-se ao pai e parece-se com o pai.



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).