A palavra seje existe? Tenho um colega que diz que esta palavra pode ser usada na nossa língua.
Eu disse para ele que esta palavra não existe. Estou certo ou errado?
A palavra seje não existe. Ela é erradamente utilizada
em vez de seja, a forma correcta do conjuntivo (subjuntivo, no Brasil) do
verbo ser. Frases como “Seje bem-vindo!”, “Seje feita a sua vontade.” ou
“Por favor, seje sincero.” são cada vez mais frequentes, apesar de erradas (o
correcto é: “Seja bem-vindo!”, “Seja feita a sua vontade.” e “Por
favor, seja sincero.”). A ocorrência regular de seje pode dever-se
a influências de falares mais regionais ou populares, ou até mesmo a alguma
desatenção por parte do falante, mas não deixa de ser um erro.
Na frase "Houve movimentos financeiros entre todos os operadores, nacionais e estrangeiros", qual é o propósito da vírgula ali colocada? Poder-se-á concluir que a frase significa que houve movimentos financeiros entre todos os operadores nacionais, entre todos os operadores estrangeiros e entre todos os operadores nacionais e estrangeiros?
A questão colocada
diz respeito, por um lado, ao uso da pontuação, nomeadamente da vírgula, e, por
outro, à diferença entre os grupos adjectivais apositivos e os grupos
adjectivais restritivos. Relativamente ao uso da vírgula em geral, poderá consultar a resposta
vírgula antes da conjunção e.
No caso da frase em análise, a vírgula é usada para separar o aposto "nacionais
e estrangeiros", constituído por dois adjectivos coordenados, do nome que está a
qualificar. Este aposto não constitui uma restrição ao nome operadores, mas fornece
informação adicional sobre o mesmo (trata-se de "todos os operadores", que poderão ser "nacionais ou estrangeiros"). Se porventura se tratasse de um adjectivo
restritivo, isto é, que limita o significado do antecedente, não poderia ser
separado do seu antecedente por vírgula (ex.: houve movimentos financeiros
entre todos os operadores nacionais e não *houve movimentos financeiros
entre todos os operadores, nacionais).