Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
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Pesquisa por "
tapinhoã
" nas definições
tapinhoã
| n.
...
Dúvidas linguísticas
sub-bosque
Qual a correta grafia:
sub-bosque
ou
subosque
?
O prefixo
sub-
deve ser seguido de hífen quando o elemento seguinte se inicia por
b
, uma vez que se trata da mesma consoante por que termina o prefixo, como prevê o
Acordo Ortográfico de 1945
(para o português de Portugal). O
Formulário Ortográfico de 1943
(para o português do Brasil) não tem este contexto previsto no uso do hífen, mas o
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa
(VOLP) da Academia Brasileira de Letras regista esta forma e outras com a sequência
sub-b
...; a par disto, é de referir que também as formas
subosque
e
sobosque
estão registadas no VOLP, depreendendo-se a sua origem nas formas prefixais
su-
e
so-
, respectivamente, equivalentes a
sub-
e
sob-
, mas de contexto ortográfico diferente (daí o facto de não serem formas hifenizadas).
Este contexto ortográfico não sofre alteração com a aplicação do novo
Acordo Ortográfico de 1990
, pois, apesar de o texto do Acordo ser omisso neste ponto (cf.
Base XVI
), a "Nota Explicativa" anexa ao referido texto prevê o uso do hífen: "
6.3 - O hífen nas formas derivadas (base XVI)
[...]
a)
Emprega-se o hífen
quando o segundo elemento da formação começa
por
h
ou
pela mesma
vogal ou
consoante com que termina o prefixo
ou pseudoprefixo (por exemplo:
anti-higiénico, contra-almirante, hiper-resistente
) [...]" (sublinhado nosso).
Por este motivo, pode dizer-se que a forma
sub-bosque
está correcta, bem como as formas
sobosque
ou
subosque
, apesar de estas duas últimas preverem o uso de prefixos equivalentes a
sob-
ou
sub-
, que serão menos consensuais (o prefixo
su-
com este sentido não se encontra registado em nenhuma obra lexicográfica por nós consultada).
amanhã: ênclise ou próclise?
Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.
No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.:
Ele mostrou-
me
o quadro
); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.:
Ele não
me
mostrou o quadro
), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida
posição dos clíticos
. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como
ainda
(ex.:
Ainda ontem
as
vi
),
já
(ex.:
Já
o
conheço bem
),
oxalá
(ex.:
Oxalá
se
mantenha assim
),
sempre
(ex.:
Sempre
o
conheci atrevido
),
só
(ex.:
Só
lhes
entreguei o documento hoje
),
talvez
(ex.:
Talvez
te
lembres mais tarde
) ou
também
(ex.:
Se ainda estiverem à venda, também
os
quero comprar
). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em
corpora
com advérbios como
hoje
(ex.:
Hoje decide-se a passagem à final
) ou com locuções adverbiais como
mais tarde
(ex.:
Mais tarde compra-se outra lente
), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua
Nova Gramática do Português Contemporâneo
, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (
bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez
, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».
No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.:
Ele
me
mostrou o quadro
). Daí a relativa estranheza que uma frase como
Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro
possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como
Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro
. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua
Moderna Gramática Portuguesa
, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.
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Palavra do dia
qui·ro·po·dis·ta
qui·ro·po·dis·ta
(
quiropodia + -ista
)
nome de dois géneros
Especialista em quiropodia ou no tratamento das doenças e dos problemas dos pés.
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Mais pesquisadas do dia
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/Pesquisar/tapinho%C3%A3 [consultado em 17-08-2022]