PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

sacrifico

Divisa dos que sacrificam o sentimento patriótico às considerações de interesse pessoal; lembra o verso de Pacúvio citado por Cícero (Tusculanas, V, 37: «Patria est ubicumque est bene»)....


sacrificador | n. m. | adj.

Sacerdote encarregado do sacrifício das vítimas....


vítima | n. f.

Pessoa ou animal oferecida em sacrifício aos deuses ou num ritual religioso....


amouco | n. m. | adj.

Indivíduo que, possuído de fúria desvairada ou desespero, jura vingar-se de ofensa cometida contra ele ou contra alguém a quem está vinculado, sacrificando a própria vida para defesa da honra ultrajada....


gastrólatra | n. 2 g.

Pessoa que só adora o seu estômago, que tudo sacrifica ao prazer de comer....


tugue | adj. 2 g. n. 2 g.

Diz-se de ou membro de uma seita indiana de adoradores da deusa Cáli, à qual sacrificam os estrangeiros que estrangulam....


dedicar | v. tr. | v. pron.

Oferecer (por dedicação)....


desentranhar | v. tr. | v. pron.

Arrancar as entranhas ou as vísceras a....


enforcar | v. tr. | v. pron. | v. tr. e intr.

Dar morte a (alguém) na forca....


esbrizar | v. tr.

Despender; sacrificar....


ferir | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Dar golpe ou golpes em; fazer ferida em....


sacrificar | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Oferecer em sacrifício; imolar....


altar | n. m.

Mesa em que o sacerdote pagão sacrifica à divindade....


vitimar | v. tr. | v. pron.

Tornar alguém ou algo vítima....


devotar | v. tr. | v. pron.

Oferecer em voto....


imolar | v. tr. | v. tr. e pron. | v. pron.

Oferecer em sacrifício, matando....


matar | v. tr. e intr. | v. tr. | v. pron.

Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas)....


imolando | adj.

Que tem de ser imolado....




Dúvidas linguísticas



Pontapé: esta palavra é composta por justaposição ou por aglutinação?
A palavra pontapé é composta por justaposição.

De facto, é possível identificar neste vocábulo as palavras distintas que lhe deram origem – os substantivos ponta e – sem que nenhuma delas tenha sido afectada na sua integridade fonológica (em alguns casos pode haver uma adequação ortográfica para manter a integridade fonética das palavras simples, como em girassol, composto de gira + s + sol. Se não houvesse essa adequação, a palavra seria escrita com um s intervocálico (girasol) a que corresponderia o som /z/ e as duas palavras simples perderiam a sua integridade fonética e tratar-se-ia de um composto aglutinado). Daí a denominação de composto por justaposição, uma vez que as palavras apenas se encontram colocadas lado a lado, com ou sem hífen (ex.: guarda-chuva, passatempo, pontapé).

O mesmo não se passa com os compostos por aglutinação, como pernalta (de perna + alta), por exemplo, cujos elementos se unem de tal modo que um deles sofre alterações na sua estrutura fonética. No caso, o acento tónico de perna subordina-se ao de alta, com consequências, no português europeu, na qualidade vocálica do e, cuja pronúncia /é/ deixa de ser possível para passar à vogal central fechada (idêntica à pronúncia do e em se). Note-se ainda que as palavras compostas por aglutinação nunca se escrevem com hífen.

Sobre este assunto, poderá ainda consultar o cap. 24 da Gramática da Língua Portuguesa, de Maria Helena Mira MATEUS, Ana Maria BRITO, Inês DUARTE, Isabel Hub FARIA et al. (5.ª ed., Editorial Caminho, Lisboa, 2003), especialmente as pp. 979-980.




Gostaria de esclarecimento quanto ao uso do se não e senão.
Para a distinção entre a palavra senão e a locução se não, é necessário analisar os contextos em que as mesmas ocorrem.

A palavra senão pode ter vários usos, consoante a classe gramatical a que pertence. Como preposição, é usada antes de grupos nominais ou frases infinitivas para indicar uma excepção ou uma restrição, geralmente em frases negativas (ex.: não comeu nada senão chocolates; não fazia senão resmungar; não teve alternativa senão refazer o trabalho) ou interrogativas (ex.: que alternativa tenho senão refazer tudo? fazes outra coisa senão dormir?). Como conjunção, a palavra é usada para introduzir uma frase subordinada que indica uma consequência se houver negação do que é dito na oração principal (ex.: estuda, senão terás negativa no teste = não estudas, então tens negativa no teste). Pode ainda ser substantivo, indicando uma “qualidade negativa” (ex.: a casa tem apenas um senão: é muito fria no Inverno).

Os contextos acima (especialmente aquele em que senão é conjunção) são frequentemente confundidos com o uso da palavra se seguida do advérbio não. De entre os valores de se (enunciados na resposta se: conjunção ou pronome), os que mais frequentemente aparecem combinados com o advérbio não são os de conjunção condicional (ex. poderá incorrer em contra-ordenação, se não respeitar o código da estrada; agiu como se não tivesse acontecido nada) e de conjunção integrante (ex.: perguntou se não havia outra solução; verificou se não se esquecera de nada).

A confusão que alguns falantes fazem entre estas construções advém adicionalmente do facto de o uso como conjunção senão poder ocorrer algumas vezes no mesmo contexto do uso da conjunção condicional se. Por exemplo, na frase estuda, senão terás negativa no teste é possível admitir o uso da conjunção se seguida do advérbio não, partindo da hipótese de que se pode tratar de uma oração condicional em que o verbo está omitido (estuda, se não [estudares] terás negativa no teste). O uso da locução se não nos contextos de senão como preposição e como substantivo é incorrecta (ex.: *não comeu nada se não chocolates; *a casa tem apenas um se não) e vice-versa (ex.: *agiu como senão tivesse acontecido nada; *verificou senão se esquecera de nada).

Há outros contextos mais raros em que há ocorrência de se seguido de não, como na inversão da ordem normal do advérbio e do pronome clítico se (ex.: é bom que se não experimente uma tragédia semelhante = que não se experimente).


Ver todas