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pontifícios

Fórmula inscrita no alto de determinadas bulas pontifícias, em alguns documentos legais e igualmente em monumentos comemorativos, medalhas, etc., para garantir que algo fica registado para memória futura....


Nas coisas temporais (ex.: o poder dos papas in temporalibus extinguiu-se com a supressão dos estados pontifícios)....


palatino | adj. | n. m.

Relativo ou pertencente ao palácio real, imperial ou pontifício....


anel | n. m.

Objecto circular, geralmente de matéria dura, que serve para prender qualquer coisa....


breviador | n. m.

Expedidor de breves pontifícios....


brevista | n. m.

O que entende de breves pontifícios e do modo de os obter....


octopódio | n. m.

Antigo estandarte pontifício....


rota | n. f.

Tribunal pontifício que resolve os pleitos sobre benefícios, composto por doze juízes eclesiásticos....


autêntica | n. f.

Documento pontifício que autentica uma relíquia ou um milagre....


placet | n. m.

Expressão de autorização ou consentimento (ex.: placet pontifício; recebeu o placet unânime)....


vaticano | adj. | n. m.

Relativo ao Vaticano (ex.: comitiva vaticana)....


São Pedro ocupou a sede pontifícia durante vinte e quatro anos; o aforismo pôde ser aplicado a todos os papas até Pio IX que governou trinta e dois anos (1846-1878)....


preconizar | v. tr.

Aconselhar, recomendar, propor....


cadeira | n. f. | n. f. pl.

Assento dotado de encosto, geralmente com quatro pernas, com ou sem braços, para uma só pessoa....


sólio | n. m.

Trono; assento....


cátedra | n. f.

Cadeira ou trono do papa no Vaticano....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber se as palavras escritas em letras maiúsculas são acentuadas. Ex.: ÁRVORE.
Na ortografia portuguesa, as palavras têm a mesma acentuação independentemente de serem grafadas com letras maiúsculas ou minúsculas. Assim, se pretender escrever árvore, ébano, ímpeto, óbito, único com inicial maiúscula ou totalmente em maiúsculas, deverá escrever Árvore ou ÁRVORE, Ébano ou ÉBANO, Ímpeto ou ÍMPETO, Óbito ou ÓBITO ou Único ou ÚNICO.

O texto do Acordo Ortográfico, que regula a ortografia do português europeu e que tem regras específicas para o uso de maiúsculas nas bases XXXIX a XLVII, não refere explicitamente este assunto, mas o próprio texto legal contém sempre acentos em maiúsculas, nomeadamente em palavras como "MINISTÉRIO", "Ámon", "Áustria-Hungria", "Nun'Álvares", "Índias" ou no nome do Presidente da República em 1945, "ANTÓNIO ÓSCAR DE FRAGOSO CARMONA".

Outras ortografias de línguas românicas próximas do português, como o espanhol ou o francês, têm o mesmo comportamento. A Real Academia Española (Ortografía de la Lengua Española, Madrid: Editorial Espasa Calpe, 1999, p. 53) refere explicitamente que as maiúsculas levam acento e que a Academia nunca estabeleceu uma norma em sentido contrário. Quanto ao francês, a tradição escolar costuma ensinar que as maiúsculas podem não ser acentuadas, não sendo essa, no entanto, a posição da Académie Française, que recomenda o uso sistemático das maiúsculas acentuadas; também a União Europeia, no Código de Redacção Interinstitucional relativo ao francês postula que as maiúsculas são, em princípio, sempre acentuadas (http://publications.europa.eu/code/fr/fr-240203.htm).


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