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oxigénio

anaeróbio | adj.

Que implica processos metabólicos que não envolvem oxigénio (ex.: exercício anaeróbio)....


brómico | adj.

Diz-se do ácido resultante do brómio combinado com oxigénio....


oxigenado | adj.

Combinado com o oxigénio....


oxigenante | adj. 2 g.

Que é rico em oxigénio....


Formado de cloro com a maior proporção de oxigénio....


aeróbico | adj.

Que acelera a respiração e o consumo de oxigénio....


Que implica processos metabólicos que não envolvem oxigénio (ex.: exercício anaeróbico)....


oxi- | elem. de comp.

Exprime a noção de oxigénio (ex.: oxibiodegradável)....


dióxido | n. m.

Óxido que contém dois átomos de oxigénio....


oxídase | n. f.

Enzima que activa o oxigénio e o fixa ao hidrogénio ou a outros corpos....


óxido | n. m.

Combinação de oxigénio com um metal ou metalóide....


oxigénio | n. m.

Gás simples, incolor, inodoro, comburente, mas não combustível, muito pouco solúvel na água, que faz parte da atmosfera e que sustenta a respiração e a combustão....


ozono | n. m.

Gás ligeiramente azulado, de cheiro aliáceo, constituído por três átomos de oxigénio, e que se desenvolve sob a influência das descargas eléctricas....


monóxido | n. m.

Óxido que contém apenas um átomo de oxigénio por molécula....


Método de tratamento em que se usa oxigénio....


anoxia | n. f.

Ausência de oxigénio....


mioglobina | n. m.

Proteína encontrada nos músculos, cuja principal função é o transporte de oxigénio....


biodigestão | n. f.

Processo de decomposição de matéria orgânica (resíduos animais ou vegetais, excrementos) com recurso a bactérias em ambientes livres de oxigénio....



Dúvidas linguísticas



Está correcto escrever a expressão rés-vés desta forma?
A forma registada nos dicionários e vocabulários de língua portuguesa, incluindo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, é resvés e não rés-vés, pelo que deverá dar preferência à forma não hifenizada. A origem desta palavra é incerta, mas estará provavelmente relacionada com o adjectivo rés.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.


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