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muçulmanos

islâmico | adj.

Do islão ou do islamismo....


mauresco | adj.

Que diz respeito a São Mauro ou aos muçulmanos....


alizaba | n. f.

Espécie de túnica, com mangas largas, aberta adiante, usada pelos muçulmanos....


aljama | n. f.

Povoação de muçulmanos ou judeus em terra portuguesa....


aljaravia | n. f.

Espécie de túnica com mangas curtas e largas e capuz, usada por alguns muçulmanos....


almaleque | n. m.

Espécie de manto usado pelos muçulmanos....


almexia | n. f.

Vestidura exterior que era obrigatória em Portugal para muçulmanos e judeus....


almocábar | n. m.

Cemitério de muçulmanos em terra de cristãos....


almocávar | n. m.

Cemitério de muçulmanos em terra de cristãos....


almogávar | n. m.

Aquele que fazia incursões por terras de muçulmanos....


amã | n. m.

Perdão que os muçulmanos concedem a quem não segue o islamismo....


califa | n. m.

Soberano temporal e espiritual, entre os muçulmanos....


dei | n. m.

Presidente de corporação administrativa entre os muçulmanos....


daroês | n. m.

Religioso muçulmano que segue uma vida de pobreza e austeridade....


imã | n. m.

Ministro da religião muçulmana....


imame | n. m.

Sacerdote muçulmano que preside às cerimónias do culto....



Dúvidas linguísticas



Qual a diferença entre o numeral catorze e quatorze e porquê a diferença da escrita com o mesmo significado?
Não existe nenhuma diferença de significado entre catorze e quatorze, apenas uma diferença de adequação à realização fonética dessas palavras (a sílaba ca- de catorze pronuncia-se como a primeira sílaba de cavalo e a sílaba qua- de quatorze como a primeira sílaba de qualidade).

Ambas as palavras derivam do latim quattuordecim, mas a forma catorze sofreu a supressão de um fonema no interior da primeira sílaba (fenómeno a que se dá o nome de síncope).




Na frase "...o nariz afilado do Sabino. (...) Fareja, fareja, hesita..." (Miguel Torga - conto "Fronteira") em que Sabino é um homem e não um animal, deve considerar-se que figura de estilo? Não é personificação, será animismo? No mesmo conto encontrei a expressão "em seco e peco". O que quer dizer?
Relativamente à primeira dúvida, se retomarmos o contexto dos extractos que refere do conto “Fronteira” (Miguel Torga, Novos Contos da Montanha, 7ª ed., Coimbra: ed. de autor, s. d., pp. 25-36), verificamos que é o próprio Sabino que fareja. Estamos assim perante uma animalização, isto é, perante a atribuição de um verbo usualmente associado a um sujeito animal (farejar) a uma pessoa (Sabino). Este recurso é muito utilizado por Miguel Torga neste conto para transmitir o instinto de sobrevivência, quase animal, comum às gentes de Fronteira, maioritariamente contrabandistas, como se pode ver por outras instâncias de animalização: “vão deslizando da toca” (op. cit., p. 25), “E aquelas casas na extrema pureza de uma toca humana” (op. cit., p. 29), “a sua ladradela de mastim zeloso” (op. cit., p. 30), “instinto de castro-laboreiro” (op. cit., p. 31), “o seu ouvido de cão da noite” (op. cit., p. 33).

Quanto à segunda dúvida, mais uma vez é preciso retomar o contexto: “Já com Isabel fechada na pobreza da tarimba, esperou ainda o milagre de a sua obstinação acabar em tecidos, em seco e peco contrabando posto a nu” (op. cit. p.35). Trata-se de uma coocorrência privilegiada, resultante de um jogo estilístico fonético (a par do que acontece com velho e relho), que corresponde a uma dupla adjectivação pré-nominal, em que o adjectivo seco e o adjectivo peco qualificam o substantivo contrabando, como se verifica pela seguinte inversão: em contrabando seco e peco posto a nu. O que se pretende dizer é que o contrabando, composto de tecidos, seria murcho e enfezado.


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