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acendidas

aceso | adj.

Inflamado, que se acendeu....


Perdeste o teu tempo, o teu trabalho; alusão ao azeite da lâmpada que se acende para o trabalho nocturno....


almenara | n. f.

Facho que se acendia nas torres e castelos para dar sinal ao longe....


lamparina | n. f.

Artefacto para ter uma pequena luz nos quartos de dormir....


lampianista | n. m.

O encarregado de acender, apagar e limpar os lampiões da iluminação pública, teatros, etc....


lareira | n. f.

Laje do lar em que se acende o fogo....


acendalha | n. f.

O que serve para acender o lume. (Mais usado no plural.)...


caruma | n. f.

Agulha ou folha de pinheiro....


jóina | n. f.

Designação dada a duas espécies de plantas leguminosas faseoláceas (Ononis natrix, Ononis ramosissima)....


maravalha | n. f.

Apara de madeira. (Mais usado no plural.)...


morraca | n. f.

Isco de trapos (para acender lume)....


morrão | n. m.

Pedaço de corda que se acendia numa extremidade para comunicar fogo às antigas peças de artilharia....


rastilho | n. m.

Sulco ou fio com pólvora para comunicar de longe o fogo a uma mina ou carga explosiva....


queimadeiro | n. m.

Lugar onde se acendiam as fogueiras para queimar os condenados....


fogaréu | n. m.

Recipiente de ferro elevado em hastes, no qual, de noite, se acendem pinhas ou matérias inflamáveis para alumiar; fogueira; fogacho....


queimadouro | n. m.

Lugar onde se acendiam as fogueiras para queimar os condenados....


serpentina | n. f.

Candelabro com braços tortuosos para duas ou mais velas....



Dúvidas linguísticas



As expressões ter a ver com e ter que ver com são ambas admissíveis ou só uma delas é correcta?
As duas expressões citadas são semanticamente equivalentes.

Alguns puristas da língua têm considerado como galicismo a expressão ter a ver com, desaconselhando o seu uso. No entanto, este argumento apresenta-se frágil (como a maioria dos que condenam determinada forma ou expressão apenas por sofrer influência de uma outra língua), na medida em que a estrutura da locução ter que ver com possui uma estrutura menos canónica em termos das classes gramaticais que a compõem, pois o que surge na posição que corresponde habitualmente à de uma preposição em construções perifrásticas verbais (por favor, consulte também sobre este assunto a dúvida ter de/ter que).




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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