PT
BR
Pesquisar
Definições



Pesquisa nas Definições por:

abarcais

abarcamento | n. m.

Acto ou efeito de abarcar; açambarcamento....


chanca | n. f.

Pé grande....


Conjunto de conhecimentos que abarca muitos ramos da actividade e do saber humano....


elo | n. m.

Cada um dos anéis de uma cadeia; gavinha....


abarcador | adj. n. m.

Açambarcador; monopolizador....


complexo | adj. | n. m.

Que encerra várias coisas ou ideias....


abarcável | adj. 2 g.

Que se pode abarcar (ex.: diversidade dificilmente abarcável)....


albarca | n. f.

Sandália de couro que cobre apenas a sola dos pés e é segurado com correias de pele. (Mais usado no plural.)...


abarca | n. f.

Espécie de sandália formada apenas de um pedaço de couro cru, sobre que assenta o pé, e que se ata por meio de tiras de pele à parte inferior da perna....


alabarca | n. f.

O mesmo que abarca....


abarcar | v. tr.

Apertar de encontro ao peito, quanto os braços e as mãos podem cingir....


abranger | v. tr.

Compreender, encerrar....


engambitar | v. tr.

Abarcar (com as pernas); transpor a pé (fosso, vala); atravessar....




Dúvidas linguísticas



Ministrar pode usar-se como leccionar no seguinte contexto: curso de formação profissional ministrado para a entidade X? Se não, qual a palavra mais adequada para a frase indicada?
O verbo ministrar pode ser sinónimo de leccionar e, tal como este, quando selecciona um complemento indirecto constrói-se usualmente com a preposição a, pelo que no contexto indicado deveria figurar Curso de formação profissional ministrado à (= crase da preposição a + artigo definido a) entidade X.



Gostaria de saber se em palavras nas quais o prefixo termina com a mesma vogal que inicia a outra palavra (como anti+inflamatório; poli+insaturado, etc...) há necessidade de se usar hífen ou se é possível fusionar as duas vogais (e.g., antiinflamatório; poliinsaturado).
Esta questão tem uma resposta diferente se pretender a ortografia antes ou depois do Acordo Ortográfico de 1990 (AO de 1990).

Segundo o Acordo Ortográfico de 1945 (válido para a norma portuguesa antes do AO de 1990) e também segundo o Formulário Ortográfico de 1943 (válido para a norma brasileira antes do AO de 1990), o elemento de formação anti- apenas deve ser ligado por hífen a palavras que comecem por h (ex.: anti-higiénico), i (ex.: anti-ibérico), r (ex.: anti-rugas) ou s (ex.: anti-semita).

Relativamente ao emprego do prefixo poli-, não é tão fácil chegar a uma resposta conclusiva e peremptória para a ortografia antes da aplicação do AO de 1990. Este prefixo não é expressamente referido no Acordo Ortográfico de 1945 (vd. bases XXVIII a XXXII, sobre o uso do hífen), nem no Formulário Ortográfico de 1943, pelo que só se pode inferir o comportamento de poli- a partir do registo lexicográfico de outras palavras com o mesmo prefixo. Assim sendo, a consulta de obras de referência revela um comportamento análogo ao de outros prefixos que nunca são seguidos de hífen, como mono- ou bi- (ex: monoinsaturado, biebdomadário, poliarticular, polirrítmico, polissacarídeo, poliúria), o que valida a forma poliinsaturado, que é, aliás, a forma registada pelo Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
Outra opção tomam o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora, e o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências, que registam a forma polinsaturado, com a elisão da vogal (i oral) em que termina o prefixo. A este respeito, Rebelo Gonçalves, no seu Tratado de Ortografia da Língua Portuguesa (Coimbra: Atlântida, 1947, pp. 252-253), refere que se deve prever também esta opção com estes prefixos que nunca são seguidos de hífen, isto é, "o caso de um prefixo não aparecer em forma plena, por terminar em vogal e esta se elidir ante uma vogal do elemento imediato: endartrite, etc".

Nas obras consultadas, é de referir que não há registo de nenhuma outra forma com o mesmo contexto de poli-+insaturado (poli- seguido de i nasal), mas apenas com um contexto de poli- seguido de i oral: formas como poliide (género de algas) ou poliidrite (mineral) surgem averbadas no Grande Dicionário da Língua Portuguesa (12 vol., Porto, Amigos do Livro Editores, 1981), de José Pedro Machado. Pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet revelam uma maior ocorrência de poliinsaturado (e suas flexões) no português do Brasil e de polinsaturado (e suas flexões) no português europeu, provável reflexo do diferente registo lexicográfico nas duas normas do português, não podendo, no entanto, nenhuma destas duas formas ser considerada incorrecta.

Com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, estes dois prefixos terão tratamento idêntico, uma vez que passa a haver regras mais gerais e contextuais do que nos textos legais anteriores. Assim, segundo a Base XVI, 1º, alínea b), quando um prefixo ou pseudoprefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento deverá usar-se hífen, pelo que deverá escrever-se anti-inflamatório e poli-insaturado (a par de polinsaturado).


Ver todas