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Ondita

Diz-se do mar quando nele se elevam pequenas ondas brancas; e do céu, quando coberto de pequenas nuvens que parecem formar ondas....


Que voga ou vagueia sobre as ondas; que anda sobre o mar (ex.: delfim fluctívago)....


hertziano | adj.

Designativo das ondas electromagnéticas empregadas na telegrafia sem fios....


marulhado | adj.

Que sofreu a fúria das ondas....


ondulado | adj.

Que apresenta ondulações....


undante | adj. 2 g.

Que tem ou leva muita água....


undiflavo | adj.

Que tem ondas da cor do ouro....


undívago | adj.

Que voga ou vagueia sobre as ondas (ex.: undívagas caravelas)....


unidireccional | adj. 2 g.

Que só tem um sentido de deslocamento (ex.: acção unidireccional; comunicação unidireccional; válvula unidireccional)....


flucti- | elem. de comp.

Exprime a noção de onda ou mar (ex.: fluctissonante)....


Formulação do egoísmo humano; primeiras palavras de verso de Lucrécio cujo sentido se completa assim: «É agradável, quando no mar largo os ventos levantam as ondas, contemplar da terra firme os perigos a que os outros se acham expostos»....


Que é relativo às condições térmicas e acústicas (ex.: isolamento termoacústico)....


sonolucente | adj. 2 g.

Que permite a passagem de ondas de ultra-sons sem produção de ecos (ex.: bexiga com conteúdo sonolucente; líquido sonolucente)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Tenho visto e utilizado com frequência a palavra contratualização; no entanto, não sei se a mesma realmente existe em português ou se provém de outra língua qualquer.
O substantivo contratualização é uma derivação do verbo contratualizar. Estas duas palavras seguem as regras de boa formação na língua portuguesa, pois a palavra contratualizar é formada com adjunção do sufixo -izar ao adjectivo contratual, formando um verbo com o significado aproximado de “dar carácter contratual” ou “estabelecer de forma contratual”. A palavra contratualização corresponde, por sua vez, à adjunção do sufixo -ção ao verbo, designando o “acto ou efeito de contratualizar”. Ambas as palavras usam dois sufixos (-izar e -ção) de alta produtividade em português na formação de neologismos (seguem o mesmo paradigma, por exemplo, dos pares actualizar/actualização, conceptualizar/conceptualização, visualizar/visualização) e uma pesquisa em corpora e motores de busca na internet evidencia o seu uso muito divulgado.

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