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Farrapos

beldrejo | n. m.

Trapo, farrapo, esfregão....


falhipo | n. m.

Trapo; farrapo....


molambo | n. m.

Pedaço de pano, geralmente velho e em mau estado....


girão | n. m.

Retalho de pano....


mulambo | n. m.

Pano que os indígenas de algumas tribos africanas amarram à cintura....


benairo | n. m.

Farrapos, trapo....


panículo | n. m.

Membrana serosa que reveste as vísceras....


bandalho | n. m.

Pessoa sem vergonha, cujo comportamento é desprezível....


farrapada | n. f.

Partido dos farrapos (republicanos rio-grandenses em 1835)....


farrapão | n. m.

Indivíduo vestido ou coberto de farrapos....


farrapeira | n. f.

Mulher que compra e vende farrapos para fabrico de papel....


farroupa | n. 2 g.

Pessoa esfarrapada....


fateixa | n. f.

Espécie de âncora para fundear pequenos barcos....




Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Gostaria de saber se a utilização do verbo "comer" como substantivo, em vez do mais comum "comida" pode ser considerada correcta, por exemplo nas seguintes expressões: "o comer está óptimo" ou "vou preparar o comer"
Não há nenhuma incorrecção nas frases o comer está óptimo ou vou preparar o comer, mas o substantivo comer é por vezes considerado como sendo próprio de um registo de língua informal.

Este tipo de derivação por mudança de categoria gramatical sem alteração da forma (neste caso obtém-se um substantivo a partir de um verbo) denomina-se conversão ou derivação imprópria (por não ter a junção de afixos) e é muito usual na língua (ex.: o saber não ocupa lugar, achava interessante o falar do ancião).


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