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Facas

cultriforme | adj. 2 g.

Que tem forma de lâmina de faca....


chanfalho | n. m.

Instrumento desafinado ou que não presta....


faca | n. f.

O mesmo que ir à faca....


facalhaz | n. m.

O mesmo que facalhão....


facaneia | n. f.

Cavalgadura de porte regular, mansa e elegante....


facão | n. m.

Grande faca....


peixeira | n. f.

Mulher que vende peixe....


trinchante | adj. 2 g. | n. m.

Que trincha ou serve para trinchar....


xerengue | n. m.

Faca velha e inútil....


canindé | n. m.

O mesmo que arara-canindé....


catana | n. f.

Sabre longo de origem japonesa....


cutela | n. f.

Faca grande de cozinha ou açougue....


cutelo | n. m. | n. m. pl.

Instrumento cortante com lâmina curva, com o corte na parte convexa, geralmente com cabo de madeira....


cultrirrostro | adj. | n. m. pl.

Cujo bico tem a forma de faca....


peixeirada | n. f.

Discussão ruidosa, geralmente com recurso a linguagem grosseira (ex.: chegou muito agitado e armou logo uma peixeirada)....


sangradeira | n. f.

Numa salina, abertura nos cristalizadores ou tabuleiros do sal por onde sai a água para o entraval....



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Tenho uma dúvida em relação ao emprego ou não do hífen na palavra dessincronizar. A palavra escrita deste modo lê-se /de-ssin-cro-ni-zar/ e normalmente ouve-se pronunciar /des-sin-cro-ni-zar/. Ou seja, o prefixo des- normalmente não perde a sua autonomia quando pronunciado. Neste caso não se devia também usar o hífen? Ou será que o termo dessincronizado é normalmente mal pronunciado, separando-se os dois ss?
A aglutinação do prefixo des- à palavra seguinte não obriga à pronúncia /s/. Aliás, os poucos dicionários que fazem a transcrição fonética das palavras às quais dão entrada registam /des-sin-cro-ni-zar/ e não /de-ssin-cro-ni-zar/.

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