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Cerniu

durame | n. m.

Parte interior e mais dura do tronco das árvores....


quid | n. m.

Parte mais importante, mais central ou mais difícil de algo....


alburno | n. m.

Camada mais exterior e mais clara do lenho das árvores que anualmente forma um círculo novo em volta do cerne; parte mais interna da casca da árvore....


busílis | n. m. 2 núm.

Parte mais importante, mais central ou mais difícil de algo....


cerneira | n. f.

O que fica do ramo seco que perdeu a casca e o alburno....


coração | n. m.

Órgão musculoso, centro do sistema de circulação do sangue....


cerne | n. m.

Parte interior e mais dura do tronco das árvores....


cernar | v. tr.

Descobrir o cerne de....


cernir | v. tr. | v. intr.

Peneirar....


vivo | adj. | adv. | n. m. | n. m. pl.

Que vive ou tem vida (ex.: animal vivo)....


miolo | n. m.

Parte interna do pão (ex.: deixou a côdea e comeu o miolo)....


coronilha | n. f.

Arbusto com flores expostas em coroa....




Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




À custa ou às custas?
Ambas as locuções prepositivas à custa de e às custas de são possíveis e sinónimas (ex.: Ele vive à(s) custa(s) dos pais; Subiu na vida à(s) custa(s) de muito esforço), encontrando-se atestadas em dicionários recentes de língua portuguesa, como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa / Editorial Verbo, 2001) ou o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002).

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