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Empino

A forma Empinopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de empinarempinar] ou [nome masculino].

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empinoempino
( em·pi·no

em·pi·no

)


nome masculino

1. Posição do que se empina.

2. [Figurado] [Figurado] Soberba.


beber de empino

Beber até ver o fundo à vasilha.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de empinar.

pinopino
( pi·no

pi·no

)
Imagem

Posição vertical do corpo apoiado sobre as mãos e com a cabeça para baixo e os pés para cima.


nome masculino

1. Ponto mais elevado a que chega o Sol. = ZÉNITE

2. Ponto culminante. = AUGE, CIMO, CLÍMAX, CÚMULO

3. Posição vertical do corpo apoiado sobre as mãos e com a cabeça para baixo e os pés para cima.Imagem

4. Torno ou pua de cana ou de pinho com que os sapateiros seguram as solas sobrepostas.

5. Pequena peça alongada e geralmente cilíndrica, que se insere num orifício, entre duas outras peças ou duas estruturas, para as unir.

6. Cada uma das peças alongadas que devem ser derrubadas no bólingue ou no jogo da malha.Imagem

7. [Electricidade] [Eletricidade] [Eletricidade] Peça metálica de um circuito eléctrico que faz a ligação com um circuito eléctrico externo. = BORNE

8. [Antigo] [Antigo] [Botânica] [Botânica] Pinheiro.


a pino

Verticalmente, a prumo.

em pino

O mesmo que a pino.

no pino do dia

Ao meio-dia.

no pino do Inverno

No maior rigor do Inverno.

no pino do Verão

No maior rigor do Verão.

etimologiaOrigem etimológica:latim pinus, -i, pinheiro, objecto feito de pinho.

empinarempinar
( em·pi·nar

em·pi·nar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Pôr ou pôr-se a pino ou em posição vertical (ex.: empinou a bicicleta e caiu para trás; o sol já se empinou).

2. Elevar ou elevar-se ao máximo, ao pináculo.DESEMPINAR


verbo transitivo

3. Beber até à última gota de. = DESPEJAR, EMBORCAR, ENTORNAR, VIRAR


verbo transitivo e intransitivo

4. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Aprender de maneira a guardar na memória, mas sem compreender; aprender de cor. = DECORAR, ENCORNARESQUECER


verbo pronominal

7. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Levantar-se sobre os pés ou as patas traseiras (ex.: o cavalo empinava-se). = ENCABRITAR-SE

8. [Figurado] [Figurado] Mostrar-se vaidoso ou arrogante. = EMPERTIGAR-SE, EMPROAR-SE, ENSOBERBECER-SE

etimologiaOrigem etimológica:em- + pino + -ar.

EmpinoEmpino

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Dúvidas linguísticas



Estava com dúvida quanto à escrita do algarismo 16, e procurando resposta no site, fiquei com mais dúvida ainda: dezesseis ou dezasseis? E porquê?
O algarismo 16 pode escrever-se de duas formas: dezasseis é a forma usada em Portugal e dezesseis a forma usada no Brasil. A forma com e aparenta ser a mais próxima da etimologia: dez + e + seis; a forma com a é uma divergência dessa. Esta dupla grafia, cuja razão exacta se perde na história da língua, verifica-se também com os números 17 (dezassete/dezessete) e 19 (dezanove/dezenove).




Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).