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Cauda

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caudacauda
( cau·da

cau·da

)
Imagem

OrnitologiaOrnitologia

Conjunto das penas do uropígio das aves.


nome feminino

1. Apêndice posterior móvel do corpo de alguns animais.

2. [Ornitologia] [Ornitologia] Conjunto das penas do uropígio das aves.Imagem = RABO

3. [Ictiologia] [Ictiologia] Parte oposta à cabeça dos peixes. = RABO

4. Parte posterior, geralmente alongada, de algo (ex.: cauda do avião).Imagem = RETAGUARDA

5. [Vestuário] [Vestuário] Parte traseira de uma peça de vestuário que roja pelo chão (ex.: cauda do vestido). = RABEIRA

6. Conjunto dos elementos que se situam na parte traseira de algo (ex.: cauda do cortejo). = COICE, RETAGUARDA

7. [Brasil] [Brasil] Parte inferior de uma queda-d'água, quando separada da parte superior. = RABO

8. [Figurado] [Figurado] Conjunto das marcas deixadas pela passagem de algo ou alguém. = ENCALÇO, PISTA, RASTO

9. [Astronomia] [Astronomia] Longo traço luminoso que sai dos cometas.

10. [Música] [Música] Pequena haste que se coloca na linha vertical das figuras musicais inferiores à semínima.


cauda do dragão

[Astronomia] [Astronomia]  Ponto em que a Lua corta a eclíptica.

cauda equina

[Anatomia] [Anatomia]  Feixe de nervos no final da medula espinal na zona inferior da coluna vertebral, na zona das primeiras vértebras lombares, do sacro e do cóccix.

etimologiaOrigem etimológica:latim cauda, -ae.

iconeConfrontar: calda.
CaudaCauda

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Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber se é correcto dizer a gente em vez de nós.
A expressão a gente é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal nós. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a nós quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução a gente corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal ela, logo à terceira pessoa do singular (ex.: a gente trabalha muito; a gente ficou convencida) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome nós (ex.: nós trabalhamos muito; nós ficámos convencidos).

Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome nós origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *a gente trabalhamos muito; *a gente ficámos convencidos; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.

A par da locução a gente, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como a malta ou o pessoal, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.