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Canto

A forma Cantopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de cantarcantar] ou [nome masculino].

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canto1canto1
( can·to

can·to

)


nome masculino

1. Acto de cantar.

2. Série de sons melodiosos emitidos pela voz humana ou por certas aves.

3. Música vocal.

4. Hino, cântico.

5. Conjunto de técnicas de aperfeiçoamento da voz.

6. [Por extensão] [Por extensão] Som produzido por certas coisas em movimento ou pela voz de certos animais (ex.: canto da água; canto da cigarra).

7. [Figurado] [Figurado] Composição poética, geralmente para ser cantada.

8. [Literatura] [Literatura] Divisão de um poema longo (ex.: a obra Os Lusíadas tem 10 cantos).


canto da sereia

Discurso ou acção para atrair, geralmente para uma armadilha.

canto do cisne

Última obra de um artista, antes da morte.

canto gregoriano

[Música] [Música]  Canto litúrgico tradicional da Igreja católica, sem grandes variações. = CANTOCHÃO

etimologiaOrigem etimológica:latim cantus, -us.
canto2canto2
( can·to

can·to

)
Imagem

PortugalPortugal

FutebolFutebol

Reposição em jogo da bola, com pontapé, concedida à equipa adversária no canto do terreno de jogo em consequência dessa falta. (Equivalente no português do Brasil: escanteio.)


nome masculino

1. Ângulo formado pela reunião de duas paredes ou quaisquer outras superfícies. = ARESTA, ESQUINA, QUINA

2. Ângulo saliente.

3. Sítio escuso ou retirado (ex.: quero ficar quieto no meu canto).

4. Extremidade de um pão, que, depois de cortada, faz com que o pão apresente uma superfície de miolo.

5. [Anatomia] [Anatomia] Linha ou ponto de junção das duas partes de uma abertura no corpo (ex.: canto da boca, canto das pálpebras). = COMISSURA

6. [Construção] [Construção] Pedra de grandes dimensões.

7. [Arquitectura] [Arquitetura] [Arquitetura] Pedra aparelhada para servir no ângulo do edifício.

8. [Portugal] [Portugal] [Futebol] [Futebol] No futebol, falta de um jogador que manda a bola para além da linha de fundo da sua equipa. (Equivalente no português do Brasil: escanteio.)

9. [Portugal] [Portugal] [Futebol] [Futebol] Reposição em jogo da bola, com pontapé, concedida à equipa adversária no canto do terreno de jogo em consequência dessa falta. (Equivalente no português do Brasil: escanteio.)Imagem

10. [Encadernação] [Encadernação] Ângulo externo do plano recoberto de couro ou outro material adaptável.Imagem


de canto

De soslaio; obliquamente; não em cheio (ex.: olhar de canto).

chutar para canto

[Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Ignorar ou pôr de lado ou alguém (ex.: quanto à perguntas difíceis, chutou para canto). [Equivalente no português do Brasil: chutar para escanteio ou escantear.]

pelo canto do olho

De lado, geralmente com desconfiança.

etimologiaOrigem etimológica:latim canthus, -i, arco de ferro em volta de uma roda.
cantarcantar
( can·tar

can·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Formar com a voz sons musicais.

2. [Por extensão] [Por extensão] Fazer ruído contínuo e cadenciado, mas não molesto.


verbo transitivo

3. Executar (cantando) uma peça de música.

4. Soltar a voz (para exprimir determinado sentimento).

5. [Brasil, Popular] [Brasil, Popular] Seduzir, requestar.

6. Retrucar.

7. Responder com energia.


nome masculino

8. O acto de cantar.

9. O que se canta.

Auxiliares de tradução

Traduzir "Canto" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



A expressão "até ao arrebatamento" está correta?
Antes de mais, convém clarificar, ainda que resumidamente, o uso de até.

Como preposição, a palavra até é usada para indicar um limite temporal (ex.: Eu vou embora, até amanhã; Esperem pela resposta até meados de Janeiro; Dormi até tu chegares), um limite espacial (ex.: Viajou de comboio até Paris) ou um limite quantitativo (ex.: O desconto é válido em todos os enlatados até 800 g).

Segundo a Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso Cunha e Lindley Cintra (14.ª ed., Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1998, p. 561), em Portugal usa-se geralmente a preposição até acompanhada da contracção da preposição a com o artigo definido o/a(s) (ex: Fui até ao parque; Fomos até à igreja) enquanto no Brasil se usa maioritariamente a preposição até sem a contracção (ex.: Fui até o parque; Fomos até a igreja). Em termos de correcção, como refere o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição brasileira da Editora Objetiva, 2001; edição portuguesa do Círculo de Leitores, 2002), é indiferente no Brasil associar a preposição até a outra preposição ou não. Por outras palavras, é tão correcto escrever fomos até à igreja como fomos até a igreja, sendo a última a forma mais usual no Brasil.

Como advérbio, a palavra até é usada para indicar inclusão ou ênfase, sendo sinónima de inclusivamente, também ou mesmo (ex.: Todos ajudaram na arrumação da cozinha, até o avô; O empresário fez várias alterações e admite até a contratação de mais funcionários). Dependendo da regência do verbo em causa, o advérbio até pode surgir associado a uma contracção (ex.: Eles foram a todo o lado: à Europa, à Ásia, até à Austrália!).

Considerando os usos acima descritos, a expressão até ao arrebatamento está correcta, tanto em Portugal como no Brasil, se a palavra até for usada como preposição (ex.: Foi uma festa intensa até ao arrebatamento final). Se, no entanto, a palavra até for usada como advérbio, a expressão até ao arrebatamento está incorrecta, como indica o asterisco (ex.: *Todas as emoções foram banidas, até ao arrebatamento religioso).




Gostaria de saber qual destas frases está correcta e porquê: a) Se eu fosse rico, ofereceria-lhe... b) Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...
Quando utiliza um pronome clítico (ex.: o, lo, me, nos) com um verbo no futuro do indicativo (ex. oferecer-lhe-ei) ou no condicional, também chamado futuro do pretérito, (ex.: oferecer-lhe-ia), deverá fazer a mesóclise, isto é, colocar o pronome clítico entre o radical do verbo (ex.: oferecer) e a terminação que indica o tempo verbal e a pessoa gramatical (ex.: -ei ou -ia). Assim sendo, a frase correcta será Se eu fosse rico, oferecer-lhe-ia...

Esta colocação dos pronomes clíticos é aparentemente estranha em relação aos outros tempos verbais, mas deriva de uma evolução histórica na língua portuguesa a partir do latim vulgar. As formas do futuro do indicativo (ex.: oferecerei) derivam de um tempo verbal composto do infinitivo do verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do presente do verbo haver (ex.: hei), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hei. Se houvesse necessidade de inserir um pronome, ele seria inserido a seguir ao verbo principal (ex.: oferecer lhe hei). Com as formas do condicional (ex. ofereceria), o caso é semelhante, com o verbo principal (ex.: oferecer) seguido de uma forma do imperfeito do verbo haver (ex.: hia < havia), o que corresponderia hipoteticamente, no exemplo em análise, a oferecer hia e, com pronome, a oferecer lhe hia.

É de notar que a reflexão acima não se aplica se houver alguma palavra ou partícula que provoque a próclise do clítico, isto é, a sua colocação antes do verbo (ex.: Jamais lhe ofereceria flores. Sei que lhe ofereceria flores).