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COTA

A forma COTApode ser [segunda pessoa singular do imperativo de cotarcotar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de cotarcotar], [adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros], [nome de dois géneros], [nome feminino] ou [nome masculino plural].

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cota1cota1
|ó| |ó|
( co·ta

co·ta

)


nome feminino

1. Nota escrita à margem de um texto.

2. Nota de referência.

3. Conjunto de letras e números usado para classificar livros ou publicações.

4. [Geometria, Topografia] [Geometria, Topografia] Indicação do nível de um ponto em relação a um plano de comparação.

5. [Matemática] [Matemática] Terceira coordenada cartesiana de um ponto do espaço.

6. Porção ou parte fixa e determinada. = QUINHÃO, QUOTA, QUOTA-PARTE

7. Parte que toca a cada uma das pessoas que devem pagar ou receber uma quantia. = PARCELA, QUINHÃO, QUOTA, QUOTA-PARTE

8. Prestação periódica a pagar, muitas vezes mensalmente. = QUOTA

9. Quantidade ou percentagem máxima ou mínima de pessoas ou de objectos ou de outros itens. = QUOTA

10. Parte ou percentagem que pertence a algo ou alguém. = QUOTA

11. [Economia] [Economia] Parcela do capital de empresa que pertence a cada um dos sócios. = QUOTA

12. Parte oposta ao gume de um instrumento cortante.

etimologiaOrigem etimológica:latim quota, feminino de quotus, -a, -um, em que número?, de que número?, qual?.
Confrontar: quota.
Ver também resposta à dúvida: quotidiano / cotidiano.
cota2cota2
|ó| |ó|
( co·ta

co·ta

)


nome feminino

1. [Militar] [Militar] Túnica usada debaixo da armadura (ex.: cota metálica).

2. [Antigo] [Antigo] Espécie de gibão.

etimologiaOrigem etimológica:francês cotte.
Confrontar: quota.
cota3cota3
|ó| |ó|
( co·ta

co·ta

)


adjectivo de dois génerosadjetivo de dois géneros

1. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Que é velho ou mais velho (ex.: o marido é muito cota).


nome de dois géneros

2. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pessoa mais velha ou com idade (ex.: o cota gosta de contar histórias).

3. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Pai ou mãe (ex.: pedi o carro emprestado à minha cota; o cota delas faz o quê?). = VELHO

cotas


nome masculino plural

4. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] O pai e a mãe (ex.: os cotas dele compraram uma casa nova). = PAIS, VELHOS

etimologiaOrigem etimológica:quimbundo kota, superior.
Confrontar: quota.
cota4cota4
|ó| |ó|
( co·ta

co·ta

)


nome feminino

[Antigo, Índia] [Antigo, Índia] Medida de capacidade para cereais.

etimologiaOrigem etimológica:tâmul kottei.
Confrontar: quota.
cota5cota5
|ó| |ó|
( co·ta

co·ta

)


nome feminino

[Antigo, Índia] [Antigo, Índia] [História] [História] Construção fortificada para defender um lugar. = FORTALEZA

etimologiaOrigem etimológica:neo-árico e sânscrito kotta.
Confrontar: quota.
cotarcotar
( co·tar

co·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Pôr cota em.

2. Fixar a taxa de.

3. Indicar o nível de.

etimologiaOrigem etimológica:cota + -ar.

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Esta palavra no dicionário



Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.