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Branda

A forma Brandapode ser [feminino singular de brandobrando], [primeira pessoa singular do presente do conjuntivo de brandirbrandir], [terceira pessoa singular do imperativo de brandirbrandir], [terceira pessoa singular do presente do conjuntivo de brandirbrandir] ou [nome feminino].

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brandabranda
( bran·da

bran·da

)


nome feminino

1. [Portugal: Minho] [Portugal: Minho] [Etnografia] [Etnografia] Tapada ou pastagem no alto de uma serra, geralmente em terreno pouco inclinado e junto a um curso de água (ex.: durante os meses de bom tempo, o gado é levado até à serra, onde fica nas brandas).

2. Dança de roda, alegre e de andamento vivo.

Confrontar: branca.
brandobrando
( bran·do

bran·do

)


adjectivoadjetivo

1. Que cede à pressão.

2. Mole.

3. Suave, fraco.

4. Leve.

5. Pouco enérgico.

6. Afável, meigo.

7. [Fonética] [Fonética] Que é produzido com vibração das cordas vocais. = SONORO, VOZEADOSURDO, NÃO-VOZEADO

etimologiaOrigem etimológica:latim blandus, -a, -um.
Confrontar: branco.
brandirbrandir
( bran·dir

bran·dir

)
Conjugação:defectiva.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Agitar (a arma) antes de descarregar o golpe.


verbo intransitivo

2. Oscilar; agitar-se (vibrando).

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Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




Pode-se utilizar a palavra exigencial? Ex.: selecção exigencial de componentes.
Apesar de o adjectivo exigencial não se encontrar registado em nenhum dos dicionários e vocabulários de língua portuguesa à nossa disposição, ele encontra-se bem formado a partir da aposição do sufixo -al ao substantivo exigência, pelo que o seu uso é possível e até muito frequente, como o revelam pesquisas em corpora e em motores de busca da Internet, especialmente em contextos relativos às áreas da construção e da engenharia civil, com o significado “que é relativo a ou que envolve uma exigência” (ex.: fizeram uma selecção exigencial dos novos materiais).