PT
BR
Pesquisar
Definições



Atos

A forma Atosé [masculino plural de actoatoato].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
actoatoato
|át| |át| |át|
( ac·to a·to

a·to

)


nome masculino

1. Acção (feita ou por fazer) considerada na sua essência ou resultado.

2. [Por extensão] [Por extensão] Feito, facto.

3. Fórmula religiosa.

4. [Teatro] [Teatro] Divisão principal das peças de teatro.

5. Prova universitária de fim de ano ou de curso.

6. [Regionalismo] [Regionalismo] Representação teatral. = AUTO


acto contínuo

Logo a seguir. = IMEDIATAMENTE

acto falhado

[Psicanálise] [Psicanálise]  Engano verbal que pode revelar um conflito entre a intenção e o inconsciente. = PARAPRAXIA, PARAPRÁXIS

acto falho

[Brasil] [Brasil] [Psicanálise] [Psicanálise]  O mesmo que acto falhado.

etimologiaOrigem etimológica:latim actus, -us, movimento, impulso, empurrão, impetuosidade, direito de passagem, medida agrária.
sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: ato.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: acto.
grafiaGrafia no Brasil:ato.
grafiaGrafia em Portugal:acto.


Dúvidas linguísticas



Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).




As palavras segmentos e seguimentos têm o mesmo significado? Ambas podem ser empregadas na seguinte frase: ... em cooperação com outros seguimentos [ou segmentos?], tais como órgãos públicos, universidades?
As palavras segmentos e seguimentos (que se pronunciam de modo semelhante no português do Brasil, mas não no de Portugal) não são sinónimas, ou seja, não têm o mesmo significado, como pode verificar seguindo as respectivas hiperligações para o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Como tal, na frase que refere, a palavra que deve ser usada é segmentos, designando “sectores” (...em cooperação com outros segmentos, tais como órgãos públicos, universidades).