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sacasses

A forma sacassesé [segunda pessoa singular do pretérito imperfeito do conjuntivo de sacarsacar].

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sacarsacar
( sa·car

sa·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Tirar à força ou com violência. = ARRANCAR, EXTRAIR, PUXAR

2. Tirar de dentro para fora, geralmente de forma rápida; fazer sair (ex.: sacou a pistola; não conseguiu sacar da arma). = PUXAR

3. Conseguir alguma coisa com esforço ou dificuldade (ex.: sacar informação). = COLHER, OBTER, TIRAR

4. Tirar ou conseguir algo para benefício próprio, geralmente contra a vontade de alguém. = AUFERIR, LUCRAR

5. Fazer levantamento de dinheiro (ex.: sacar um cheque; foi à máquina para sacar dinheiro).

6. [Economia] [Economia] Passar uma letra de câmbio ou emitir um título de crédito sobre uma pessoa ou entidade.

7. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] [Informática] [Informática] Transferir para um computador (ex.: sacar um programa).

8. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Fazer conquista amorosa ou sexual. = ENGATAR

9. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Alcançar ou conceber com a inteligência (ex.: não precisa de explicar mais, já saquei tudo; sacou uma solução genial). = COMPREENDER, ENTENDER, PERCEBER

10. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Aperceber-se pelos sentidos (ex.: sacou logo que estava a ser observado).


verbo intransitivo

11. [Brasil] [Brasil] Emitir opinião ou sugestão; dar palpite. = PALPITAR

12. [Brasil] [Brasil] Dizer o que não é verdade. = MENTIR

13. [Brasil] [Brasil] [Desporto] [Esporte] Colocar a bola em jogo, lançando-a por cima da rede para o campo do adversário em jogos como o ténis ou o voleibol. = SERVIR


verbo pronominal

14. Conseguir evitar determinada situação. = ESCAPAR, ESQUIVAR-SE, LIVRAR-SE, SAFAR-SE

etimologiaOrigem etimológica:talvez do gótico sakan, pleitear.


Dúvidas linguísticas



Na frase "Isto não lhe arrefece o ânimo", qual é o sujeito?
A frase que refere é apresentada na Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra (Lisboa: Ed. João Sá da Costa, 1998, 14.ª ed., p. 126), como exemplo de uma frase em que um pronome demonstrativo (isto) tem função de sujeito. Há vários critérios para identificar o sujeito numa frase, nomeadamente critérios de concordância em número entre o sujeito e o verbo (o pronome isto implica, por exemplo, que o verbo esteja no singular).



Fui eu quem atirou nele ou fui eu quem atirei nele: qual é o correto e por que motivo?
Na frase em questão há duas orações, uma oração principal (fui eu) e uma oração subordinada relativa (quem atirou nele), que desempenha a função de predicativo do sujeito. O sujeito da primeira oração é o pronome eu e o sujeito da segunda é o pronome relativo quem. Este pronome relativo equivale a ‘a pessoa que’ e não concorda com o seu antecedente, pelo que, na oração subordinada, o verbo deverá concordar com este pronome de terceira pessoa (quem atirou nele) e não com o sujeito da oração principal (*fui eu quem atirei nele). Esta última construção é incorrecta, como se indica através de asterisco (*), pois apresenta uma concordância errada.

Relativamente à frase correcta (Fui eu quem atirou nele) pode colocar-se uma outra opção: Fui eu que atirei nele. Esta última frase seria também uma opção correcta, mas trata-se de uma construção diferente: contém igualmente duas orações, e da primeira oração (fui eu) depende também uma oração subordinada relativa (que atirei nele), mas esta é introduzida pelo pronome relativo que. Este pronome relativo, ao contrário do pronome quem, concorda obrigatoriamente com o antecedente nominal ou pronominal existente na oração anterior, no caso, o pronome eu, pelo que o verbo terá de estar na primeira pessoa (eu que atirei).

Do ponto de vista semântico, as frases Fui eu quem atirou nele e Fui eu que atirei nele equivalem a Eu atirei nele (que contém apenas uma oração), mas correspondem a uma construção sintáctica com duas orações, para focalizar ou dar maior destaque ao sujeito eu.