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retouças

A forma retouçaspode ser [feminino plural de retouçaretouça] ou [segunda pessoa singular do presente do indicativo de retouçarretouçar].

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retouçarretouçar
( re·tou·çar

re·tou·çar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

1. Brincar ou andar na retouça ou no baloiço. = BALOIÇAR-SE

2. [Por extensão] [Por extensão] Movimentar-se, brincando. = ESTRINCHAR, TRAQUINAR


verbo transitivo

3. [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] [Portugal: Beira, Trás-os-Montes] Comer, pastando (falando-se de animais).

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: RETOIÇAR

etimologiaOrigem etimológica:espanhol retozar.

retouçaretouça
( re·tou·ça

re·tou·ça

)
Imagem

Corda suspensa, pelas duas extremidades, ou assento suspenso por cordas, para servir de baloiço.


nome feminino

1. Corda suspensa, pelas duas extremidades, ou assento suspenso por cordas, para servir de baloiço.Imagem

2. Acto ou efeito de retouçar ou de brincar.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: RETOIÇA

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de retouçar.

retouçasretouças


Dúvidas linguísticas



O verbo abrir já teve há alguns séculos dois particípios, aberto e abrido? Se já teve porque não tem mais? E desde quando não tem mais? Qual é a regra para que abrir não seja abundante e com dois particípios?
Regra geral, os verbos têm apenas uma forma para o particípio passado. Alguns verbos, porém, possuem duas ou mais formas de particípio passado equivalentes: uma regular, terminada em -ado (para a 1ª conjugação) ou -ido (para a 2ª e 3ª conjugações), e outra irregular, geralmente mais curta.

Como se refere na resposta secado, a forma regular é habitualmente usada com os auxiliares ter e haver para formar tempos compostos (ex.: a roupa já tinha secado; havia secado a loiça com um pano) e as formas do particípio irregular são usadas maioritariamente com os auxiliares ser e estar para formar a voz passiva (ex.: a loiça foi seca com um pano; a roupa estava seca pelo vento).

As gramáticas e os prontuários (ver, por exemplo, a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra, das Edições João Sá da Costa, 1998, pp. 441-442) listam os principais verbos em que este fenómeno ocorre, como aceitar (aceitado, aceito, aceite), acender (acendido, aceso) ou emergir (emergido, emerso), entre outros.

Dessas listas (relativamente pequenas) não consta o verbo abrir, nem há registos de que tenha constado. No entanto, por analogia, têm surgido, com alguma frequência, sobretudo no português do Brasil, formas participiais irregulares como *cego (de cegar), *chego (de chegar), *pego (de pegar), *prego (de pregar) ou *trago (de trazer).

Por outro lado, há também aparecimento de formas regulares como *abrido (de abrir) ou *escrevido (de escrever), por regularização dos particípios irregulares aberto ou escrito.

Na norma da língua portuguesa as formas assinaladas com asterisco (*) são desaconselhadas e devem ser evitadas.




Existe na língua portuguesa "dativo de interesse" tal como existe em castelhano?
Em português, o pronome de interesse é de uso bastante frequente, sobretudo num nível de linguagem mais coloquial. Em frases como come-me a sopa ou tu não me sejas bisbilhoteiro, o dativo de interesse, ou dativo ético, tem função meramente expressiva ou enfática. Este tipo de construção indica que a pessoa que fala está claramente interessada na exortação que faz ou na realização do seu desejo ou da sua vontade.