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remoeríeis

folheira | adj. f.

Diz-se da farinha não remoída....


remoedura | n. f.

Acto de remoer, de ruminar....


remoalho | n. m.

Bolo alimentar que, depois de engolido, os ruminantes voltam a remoer na boca....


corvejar | v. intr. | v. tr.

Crocitar (o corvo)....


mascar | v. tr. e intr. | v. tr.

Triturar com os dentes, sem engolir (ex.: mascar folhas de coca; mascava com a boca aberta)....


recocar | v. tr. | v. tr. e intr.

Cantar manso e blandicioso das aves no período do acasalamento e ainda quando cercam os filhos....


recomer | v. tr.

Voltar a comer ou a mastigar....


remascar | v. intr.

Tornar a mascar....


remastigar | v. tr.

Tornar a mastigar; mastigar bem....


remoer | v. tr. | v. tr. e pron.

Moer novamente....


rilhar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr.

Comer, roendo, geralmente uma substância dura (ex.: rilhar uma maçã)....


catur | n. m.

Pequena embarcação estreita e ligeira, pontiaguda das extremidades, movida a remoa ou à vela....


mastigar | v. tr. | v. tr. e intr.

Triturar com os dentes....




Dúvidas linguísticas



Sou de Recife e recentemente tive uma dúvida muito forte ao pensar sobre uma palavra: xexeiro, checheiro ou seixeiro (não sei na verdade como se escreve e se tem, realmente, uma forma correta). Essa palavra é usada para dizer quando uma pessoa é "caloteiro", mau pagador. Em Recife é comum ouvir isso das pessoas: fulano é um "xexeiro". Gostaria de saber de onde surgiu esse termo. Fiquei pensando o seguinte: seixo é uma pedra dura e lisa e quando uma pessoa está com pouco dinheiro dizem que ela está "lisa" ou "dura". Então na verdade o certo seria seixeiro. Essa é a minha dúvida.
A forma correcta é seixeiro, que, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, deriva mesmo de seixo, “calote”, acepção que o referido dicionário também regista como regionalismo nordestino.



"de que" ou apenas "que"? E.g.: "foram avisados que" ou "foram avisados de que"?
Nenhuma das formulações apresentadas pode ser considerada errada, apesar de a expressão "foram avisados de que" ser mais consensual do que a expressão em que se omite a preposição.

Para uma análise desta questão, devemos referir que os exemplos dados estão na voz passiva, mas a estrutura sintáctica do verbo é a mesma do verbo na voz activa, onde, no entanto, é mais fácil observar a estrutura argumental do verbo:

Eles foram avisados do perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os do perigo. (voz ACTIVA)
Eles foram avisados de que podia haver perigo. (voz PASSIVA) = Ele avisou-os de que podia haver perigo. (voz ACTIVA)

Trata-se de um verbo bitransitivo, que selecciona um complemento directo ("os", que na voz passiva corresponde ao sujeito "Eles") e um complemento preposicional, neste caso introduzido pela preposição "de" ("do perigo" ou "de que podia haver perigo"). Nas frases em que o complemento preposicional contém uma frase completiva introduzida pela conjunção "que" (ex.: "avisou-os de que" ou "foram avisados de que"), é frequente haver a omissão da preposição "de" (ex.: "avisou-os que" ou "foram avisados que"), mas este facto, apesar de ser muito frequente, é por vezes condenado por alguns puristas da língua.


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