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pós-crioulo

bluco | adj.

Que está agitado (falando-se do mar)....


morabe | adj. 2 g.

Afável, amável....


Que é a principal fonte de léxico (ex.: o português foi a língua lexificadora do crioulo de Cabo Verde)....


sabe | adj. 2 g. 2 núm. | adv.

Que causa prazer (ex.: o amor é sabe)....


xabéu | n. m.

Fruto do dendezeiro....


principense | adj. 2 g. | n. 2 g. | n. m.

Relativo à ilha do Príncipe, no arquipélago de São Tomé e Príncipe....


moncó | n. m. | adj. 2 g.

Crioulo de base portuguesa falado na ilha do Príncipe....


zouk | n. m.

Música popular com origem nas Antilhas, de ritmo acelerado....


mancanha | adj. 2 g. | n. 2 g. | n. m. pl.

Relativo ou pertencente aos mancanhas....


manjaco | adj. | n. m. | n. m. pl.

Relativo ou pertencente aos manjacos....


abota | n. f.

Sistema informal de poupança e crédito, em que os membros de um grupo contribuem periodicamente com um valor monetário para que cada um receba, de forma rotativa, o conjunto das contribuições (ex.: ex.: nas zonas rurais, as abotas são geralmente organizadas por mulheres)....


papiamento | n. m.

Língua crioula de base espanhola e portuguesa, com influência neerlandesa, falada nas Caraíbas, em especial em Aruba e Curaçau....


crioulada | n. f.

Grande quantidade de crioulos....


bolanha | n. f.

Vasto terreno pantanoso e fértil, usado geralmente para o cultivo de arroz (ex.: o rio atravessava a bolanha)....


ourique | n. m.

Dique principal de uma bolanha, geralmente feito de lama e paus, que controla a entrada e saída de água nos arrozais (ex.: a manutenção do ourique implica muito trabalho)....


cacre | n. m.

Pequeno caranguejo de cor escura (ex.: vendem-se cacres apanhados nas bolanhas)....


crioulismo | n. m.

Conjunto dos traços crioulos....


crioulidade | n. f.

Conjunto dos traços específicos da cultura crioula (ex.: crioulidade africana)....


mafé | n. 2 g.

Molho ou caldo, geralmente feito de carne, peixe ou marisco (ex.: o mafé serve de acompanhamento à bianda)....



Dúvidas linguísticas



Gostaria de saber qual é a diferença entre haver e ter, quando estes verbos são utilizados como auxiliares: eu tinha dito/eu havia dito, ele tinha feito/ele havia feito. Também gostaria de saber se há diferença entre o português luso do português do Brasil.
Os verbos ter e haver são sinónimos como auxiliares de tempos compostos e são usados nos mesmos contextos sem qualquer diferença (ex.: eu tinha dito/eu havia dito); sendo que a única diferença é a frequência de uso, pois, tanto no português europeu como no português brasileiro, o verbo ter é mais usado.

Estes dois verbos têm também uso em locuções verbais que não correspondem a tempos compostos de verbos e aí há diferenças semânticas significativas. O verbo haver seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo permite formar locuções verbais que indicam valor futuro (ex.: havemos de ir a Barcelona; os corruptos hão-de ser castigados), enquanto o verbo ter seguido da preposição de e de outro verbo no infinitivo forma locuções que indicam uma obrigação (ex.: temos de ir a Barcelona; os corruptos têm de ser castigados).

Note-se uma diferença ortográfica entre as normas brasileira e portuguesa relativa ao verbo haver seguido da preposição de: no português europeu, as formas monossilábicas do verbo haver ligam-se por hífen à preposição de (hei-de, hás-de, há-de, hão-de) enquanto no português do Brasil tal não acontece (hei de, hás de, há de, hão de). Esta diferença é anulada com a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, uma vez que deixa de haver hífen neste contexto (isto é, em qualquer das variedades deverão ser usadas apenas as formas hei de, hás de, há de, hão de).

Para outras diferenças entre as normas europeia e brasileira, queira, por favor, consultar outra resposta sobre o mesmo assunto em variedades de português.




Por que NATO e não OTAN?
Não há nenhum motivo linguístico para preferir a sigla NATO (nome oficial da organização e sigla de North Atlantic Treaty Organization) à sigla OTAN (de Organização do Tratado do Atlântico Norte). A designação OTAN não é geralmente utilizada nos meios de comunicação social, razão pela qual a forma NATO se deve ter tornado a mais vulgarizada. O facto de ser um acrónimo fácil de pronunciar também poderá ter ajudado a que NATO seja a forma mais divulgada.

Por essa mesma razão, o acrónimo ONU (Organização das Nações Unidas) foi preferido em relação ao acrónimo inglês UN (sigla oficial da organização United Nations), uma vez que esta sigla não permite a sua pronúncia como uma palavra de formação regular no português.


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