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colorará

Que apresenta diferença total ou parcial na coloração de partes ou órgãos que geralmente têm a mesma cor (ex.: gato heterocromo)....


fanérico | adj.

Relativo às características visíveis de um organismo (ex.: coloração fanérica; no mimetismo fanérico, um animal adopta cores vistosas para evitar a agressão de um predador)....


Coloração típica da parte inferior de um cadáver humano, com formação de manchas esbranquiçadas e de manchas escuras que correspondem às zonas de falta ou de acumulação de sangue....


Que não apresenta cianose ou coloração azulada, lívida ou escura da pele (ex.: doente corada e acianótica)....


cianótico | adj.

Que tem cianose ou coloração azulada, lívida ou escura da pele (ex.: pele cianótica)....


aloftalmia | n. f.

Diferença de coloração da íris, nos dois olhos do mesmo indivíduo....


chimpanzé | n. m.

Macaco antropóide encontrado na África Equatorial, Central e Ocidental, de coloração negra e braços compridos, arborícola e sociável....


dicroísmo | n. m.

Propriedade que têm certas substâncias de apresentar duas colorações diferentes, segundo as circunstâncias de observação....


monge | n. m.

Religioso de um mosteiro....


rendeira | n. f.

Mulher que faz ou vende rendas....


ruivaca | n. f.

Pequeno peixe (Carassius carassius) de água doce, da família dos ciprinídeos, de coloração acastanhada e prateada....


hipocromia | n. f.

Diminuição da pigmentação ou da coloração da pele ou de um tecido....


visagismo | n. m.

Técnica de valorização e embelezamento do rosto que conjuga as características físicas de quem prentende mudar de visual com as suas preferências, cuidados estéticos e tendências da moda em relação à maquilhagem, coloração e corte de cabelo, por exemplo....


colorígrado | n. m.

Instrumento que determina o grau da coloração dos corpos....


cromismo | n. m.

Excesso anómalo de coloração....


hipercromia | n. f.

Aumento da pigmentação ou da coloração da pele ou de um tecido....



Dúvidas linguísticas



Tenho um dicionário de Língua Portuguesa e ao observar a divisão silábica me surgiu uma dúvida. Há palavras que são separadas pelo ponto e a outras palavras que foram separadas por dois pontos. O que esses dois pontos significam?
es.co.la
es.cri.tó.ri:o
Os dois pontos são usados por alguns dicionários para indicar, na divisão silábica para translineação, que um encontro de vogais (ex.: io em escritório) pode ser pronunciado como hiato (correspondendo a duas sílabas) ou como ditongo (correspondendo a uma sílaba).

No português do Brasil, por indicação do Formulário Ortográfico de 1943 (grupo XV, 7ª), não deveria haver translineação em qualquer tipo de ditongo, crescente (ex.: ia, io, ui) e decrescente (ex.: ai, au, oi), mas com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 (Base XX), esta indicação deixou de ser válida, permitindo a divisão de vogais consecutivas que não façam parte de ditongos decrescentes:
"4.º As vogais consecutivas que não pertencem a ditongos decrescentes (as que pertencem a ditongos deste tipo nunca se separam: ai- roso, cadei- ra, insti- tui, ora- ção, sacris- tães, traves- sões) podem, se a primeira delas não é u precedido de g ou q, e mesmo que sejam iguais, separar-se na escrita: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- or- denar, do-er, flu- idez, perdo- as, vo-os. O mesmo se aplica aos casos de contiguidade de ditongos, iguais ou diferentes, ou de ditongos e vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, flu- iu."




Última crónica de António Lobo Antunes na Visão "Aguentar à bronca", disponível online. 1.º Parágrafo: "Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas por os homens repararem menos nelas do que desejavam."; 2.º Parágrafo: "nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos, nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles, a tremerem. Ou são os dedos que tremem?".
Dúvidas: a conversarem ou a conversar? A tremerem ou a tremer?
O uso do infinitivo flexionado (ou pessoal) e do infinitivo não flexionado (ou impessoal) é uma questão controversa da língua portuguesa, sendo mais adequado falar de tendências do que de regras, uma vez que estas nem sempre podem ser aplicadas rigidamente (cf. Celso CUNHA e Lindley CINTRA, Nova Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 482). É também por essa razão que dúvidas como esta são muito frequentes e as respostas raramente podem ser peremptórias.

Em ambas as frases que refere as construções com o infinitivo flexionado são precedidas pela preposição a e estão delimitadas por pontuação. Uma das interpretações possíveis é que se trata de uma oração reduzida de infinitivo, com valor adjectivo explicativo, à semelhança de uma oração gerundiva (ex.: Ficaram por ali um bocado no passeio, a conversarem, aborrecidas [...] = Ficaram por ali um bocado no passeio, conversando, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, a tremerem. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] mas aí estão eles, tremendo.). Nesse caso, não há uma regra específica e verifica-se uma oscilação no uso do infinitivo flexionado ou não flexionado.

No entanto, se estas construções não estivessem separadas por pontuação do resto da frase, não tivessem valor adjectival e fizessem parte de uma locução verbal, seria obrigatório o uso da forma não flexionada: Ficaram por ali um bocado no passeio a conversar, aborrecidas [...] = Ficaram a conversar por ali um bocado no passeio, aborrecidas [...]; nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas aí estão eles a tremer. = nunca imaginei ser possível existirem cigarros friorentos [...] nunca os tinha visto, claro, mas eles aí estão a tremer. Neste caso, a forma flexionada do infinitivo pode ser classificada como agramatical (ex.: *ficaram a conversarem, *estão a tremerem [o asterisco indica agramaticalidade]), uma vez que as marcas de flexão em pessoa e número já estão no verbo auxiliar ou semiauxiliar (no caso, estar e ficar).


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