Principal
Pesquisa nas Definições
Sobre
Como consultar
Abreviaturas
Gramática
Toggle dark mode
Principal
Sobre
Pesquisa nas Definições
Como consultar
Abreviaturas
Gramática
Escolha o modo pretendido
Toggle dark mode
PT
BR
Definições
Acordo Ortográfico de 1990
Destacar grafias alteradas
Usar Acordo Ortográfico
Antes
Depois
Variedade do Português
Norma europeia
Norma brasileira
Importante:
as definições acima são guardadas em cookies. Se os cookies não forem permitidos, esta janela aparecerá sempre que visitar o site.
Cancelar
Guardar
Mais pesquisadas do dia
significa
entrar
sacar
saque
acompanhante
confirmar
perspicaz
fechar
gostosa
disponível
recebido
resgatar
plataforma
arguto
instalar
inefável
registro
grátis
bónus
bônus
Pesquisa nas Definições por:
britónicos
britónico
| adj.
...
Dúvidas linguísticas
nós e a gente
Gostaria de saber se é correcto dizer
a gente
em vez de
nós
.
A expressão
a gente
é uma locução pronominal equivalente, do ponto de vista semântico, ao pronome pessoal
nós
. Não é uma expressão incorrecta, apenas corresponde a um registo de língua mais informal. Por outro lado, apesar de ser equivalente a
nós
quanto ao sentido, implica uma diferença gramatical, pois a locução
a gente
corresponde gramaticalmente ao pronome pessoal
ela
, logo
à terceira pessoa do singular (ex.:
a gente
trabalha
muito; a gente
ficou convencida
) e não à primeira pessoa do plural, como o pronome
nós
(ex.:
nós
trabalhamos
muito; nós
ficámos convencidos
).
Esta equivalência semântica, mas não gramatical, em relação ao pronome
nós
origina frequentemente produções dos falantes em que há erro de concordância (ex.: *
a gente
trabalhamos
muito;
*
a gente
ficámos convencidos
; o asterisco indica agramaticalidade) e são claramente incorrectas.
A par da locução
a gente
, existem outras, também pertencentes a um registo de língua informal, como
a malta
ou
o pessoal
, cuja utilização é análoga, apesar de terem menor curso.
islamita / islamista
Agradeço que me informem porque é que se ouve dizer
islamistas
e não
islamitas
?
A utilização da forma
islamista
pode explicar-se pela regularização derivada da analogia com outros casos de substantivos terminados em -
ismo
(ex.:
abstencionismo
,
catolicismo
,
socialismo
), aos quais correspondem adjectivos terminados em
-ista
(ex.:
abstencionista
,
catolicista
,
socialista
). Não se pode considerar que essa forma esteja errada, pois segue as normas de derivação da língua portuguesa, com o sufixo
-ista
, bastante produtivo na língua, aposto ao substantivo
islame
, variante menos usada de
islão
. Trata-se, contudo, de uma forma não consensual e mesmo polémica, tanto em relação ao uso, quanto em relação ao significado, e são poucos os dicionários de língua portuguesa que a registam.
A forma registada pela maioria dos dicionários de português é
islamita
, palavra derivada da aposição do sufixo -
ita
(que exprime a noção de origem ou naturalidade) ao substantivo
islame
. Esta palavra tem no seu significado uma relação com
islamismo
, que nos dicionários de português é frequentemente sinónimo de
islão
ou religião islâmica.
É importante referir ainda que vários dicionários que não registam a forma
islamista
registam no entanto
pan-islamista
(é o caso, por exemplo, do
Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa
[2001], do
Dicionário Houaiss
[2002], do
Dicionário Aurélio
[2010]), não havendo registo de
pan-islamita
. Fica clara neste derivado a relação
-ismo/-ista
que é polémica em
islamismo/islamista
.
Esta problemática não diz respeito apenas ao português, mas é transversal a outras línguas e as soluções lexicográficas encontradas nessas línguas também não são unânimes.
Em relação ao espanhol, veja-se, a título de exemplo a distinção feita no
Diccionário de la Léngua Española
, da Real Academia Española [consultas em 2015-12-03], entre
islamita
(muçulmano) e
islamista
(pertencente ou relativo ao integrismo muçulmano); deve registar-se ainda que
islamismo
tem a definição relativa apenas ao conjunto de crenças e preceitos morais que constituem a religião de Maomé. O
Diccionario de uso del español de América y España
(Barcelona: SPES EDITORIAL, 2003 [CD-ROM]) só regista
islamita
(que professa o islamismo) e
islamismo
(islão).
Relativamente ao francês, no
Trésor de la Langue Française informatisé
[consultas em 2015-12-03] apenas surge como entrada o verbete
islamite
(que é da religião ou civilização islâmica), sendo a forma
islamiste
indicada como variante. Já
Le CD-ROM du Petit Robert
(versão 2.1, Dictionnaires Le Robert / VUEF, 2001) regista somente a entrada
islamiste
, que define apenas como relativo ao islamismo, sendo
islamisme
quer a religião muçulmana, quer o movimento político e religioso que preconiza a expansão do ou o respeito pelo islão.
Como exemplo para o italiano, o
Dizionario Garzanti Linguistica
[consultas em 2015-12-03] mostra-nos uma definição de
islamista
relativa ao islão ou ao islamismo e regista ainda as acepções de estudioso do islamismo ou de assuntos islâmicos e de seguidor ou defensor do islamismo, em particular seguidor do islão tendente ao fundamentalismo. Em
islamita
, este dicionário apresenta a definição de que ou quem é seguidor do islamismo.
Nos dicionários de língua inglesa será porventura mais fácil encontrar exemplos do registo das formas equivalentes em inglês para
islamista
,
islamita
e
islamismo
com relação com o fundamentalismo islâmico ou, simultaneamente, com o fundamentalismo islâmico e com a religião islâmica, mas raramente se encontra apenas a relação com a religião islâmica [consultas em 2015-12-03]. Veja-se, por exemplo, que
islamism
aparece registado apenas como movimento fundamentalista islâmico (ver
Oxford Dictionaries
ou
Collins English Dictionary
) ou, simultaneamente, como fundamentalismo islâmico e como a religião islâmica (ver
The American Heritage
ou
Merriam-Webster's Online Dictionary
).
Os dicionários veiculam frequentemente informações relativas ao uso das palavras, por vezes baseadas em critérios estatísticos (que é cada vez mais o caminho da lexicografia contemporânea), outras vezes baseadas no conhecimento linguístico dos lexicógrafos ou numa combinação de ambos. Como na maioria das questões linguísticas, o problema não se esgota aqui e inclui outras variáveis que têm de ser analisadas ou pelo menos ponderadas para explicar a falta de unanimidade. Neste campo, as respostas peremptórias são normalmente redutoras.
Estudiosos, jornalistas e investigadores de assuntos relacionados com o Islão vêm estabelecendo uma distinção entre
islamitas
(crentes muçulmanos) e
islamistas
(integristas ou fundamentalistas muçulmanos) e ainda entre
islão
(religião e fé) e
islamismo
(ideologia ou activismo político). Esta distinção, que poderá ter a função de estabelecer conceitos operatórios, tem vingado na comunicação social e na literatura especializada, onde a forma
islamista
tem curso e grande número de ocorrências.
Seria menos polémico utilizar locuções explicativas como "fundamentalista islâmico", "extremista islâmico", "radical muçulmano" ou semelhantes, em vez de
islamista
ou
islamita
, mas é claro que se trata sempre de uma opção do utilizador da língua ou, no caso de órgãos de imprensa ou agências noticiosas, de opções editoriais ou de estilo. Em muitos casos, trata-se ainda da utilização de palavras próximas das formas utilizadas pelas agências noticiosas estrangeiras, nomeadamente em língua inglesa ou francesa.
Ver todas
Palavra do dia
voga-avante
voga-avante
(
vo·ga·-a·van·te
vo·ga·-a·van·te
)
Náutica
Náutica
Indivíduo que rema.
nome masculino de dois números
[
Náutica
]
[
Náutica
]
Indivíduo que rema.
=
REMADOR, REMEIRO
Origem etimológica:
forma do verbo
vogar + avante
.