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bisbilhotarás

bisbilhoteiro | adj. n. m. | adj.

Que ou o que gosta de bisbilhotar....


bisbilhotar | v. intr.

Procurar ou comentar factos privados da vida de outros....


calhandrar | v. intr.

Falar sobre a vida alheia, geralmente fazendo intrigas ou divulgando boatos....


cascavilhar | v. tr. | v. tr. e intr.

Remexer para tentar encontrar algo....


cheiricar | v. tr. e intr.

Cheirar repetidamente e em várias direcções (ex.: o cão entrou disparado, cheiricando os vários cantos do armazém)....


cuscar | v. tr. e intr.

Intrometer-se de forma mais ou menos indiscreta para satisfazer a curiosidade....


esbilhotar | v. intr.

O mesmo que bisbilhotar....


fofocar | v. tr. e intr.

Fazer fofocas....


fossar | v. tr.

Abrir fossas ou fossos em....


xeretar | v. tr. e intr.

Intrometer-se, bisbilhotar....


zarelhar | v. intr.

Intrometer-se em tudo; fazer intrigas....


zongolar | v. tr.

Ver ou ouvir dissimuladamente, para obter informações e contar a outros....


metido | adj. n. m.

Que ou quem se intromete no que não lhe diz respeito....


coscuvilhar | v. tr. e intr. | v. intr.

Falar sobre a vida alheia, geralmente fazendo intrigas ou divulgando boatos....




Dúvidas linguísticas



Seríssimo ou seriíssimo?
Ambas as formas seríssimo e seriíssimo podem ser consideradas correctas como superlativo absoluto sintético do adjectivo sério.

O superlativo absoluto sintético simples, isto é, o grau do adjectivo que exprime, através de uma só palavra, o elevado grau de determinado atributo, forma-se pela junção do sufixo -íssimo ao adjectivo (ex.: altíssimo).

No caso de grande número de adjectivos terminados em -eio e em -io, a forma gerada apresenta geralmente dois ii, um pertencente ao adjectivo, o outro ao sufixo (ex.: cheiíssimo, feiíssimo, maciíssimo, vadiíssimo).

Há alguns adjectivos, porém, como sério, que podem gerar duas formas de superlativo absoluto sintético: seriíssimo ou seríssimo. No entanto, como é referido por Celso Cunha e Lindley Cintra na sua Nova Gramática do Português Contemporâneo (Lisboa: Edições Sá da Costa, 1998, p. 260), parece haver uma maior aceitação das formas com apenas um i: “Em lugar das formas superlativas seriíssimo, necessariíssimo e outras semelhantes, a língua actual prefere seríssimo, necessaríssimo, com um só i”. O mesmo sucede com necessário, ordinário, precário ou sumário, por exemplo.




Tenho uma dúvida em relação ao emprego ou não do hífen na palavra dessincronizar. A palavra escrita deste modo lê-se /de-ssin-cro-ni-zar/ e normalmente ouve-se pronunciar /des-sin-cro-ni-zar/. Ou seja, o prefixo des- normalmente não perde a sua autonomia quando pronunciado. Neste caso não se devia também usar o hífen? Ou será que o termo dessincronizado é normalmente mal pronunciado, separando-se os dois ss?
A aglutinação do prefixo des- à palavra seguinte não obriga à pronúncia /s/. Aliás, os poucos dicionários que fazem a transcrição fonética das palavras às quais dão entrada registam /des-sin-cro-ni-zar/ e não /de-ssin-cro-ni-zar/.

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