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atearias

unívoco | adj.

Que designa vários objectos distintos, mas do mesmo género, com o mesmo sentido: Planeta é termo unívoco de Vénus e de Marte....


incêndio | n. m.

Fogo que, mediante a dimensão e intensidade, pode provocar prejuízos (ex.: apagar um incêndio; o combate ao incêndio florestal demorou várias horas)....


ateador | adj. n. m.

Que ou aquele que ateia....


ateu | adj. n. m.

Que ou quem não crê na existência de deus....


acteia | n. f.

Designação dada a várias plantas da família das ranunculáceas, do género Actaea....


acender | v. tr. | v. pron.

Fazer com que arda....


apagar | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e pron. | v. intr. e pron.

Fazer acabar ou desaparecer a luz ou o lume de (ex.: apague o cigarro; a vela é pequena, apaga rápido; o segundo fósforo também se apagou)....


apichar | v. tr. | v. pron.

Provocar ou incitar a morder (ex.: apichar o cão)....


atear | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Lançar fogo a, inflamar....


fumegar | v. intr.

Deitar fumo....


incender | v. tr.

Incendiar; atear; inflamar....


inflamar | v. tr. e pron. | v. intr.

Pôr ou ficar em chama, em combustão....


prender | v. tr. | v. intr. | v. pron.

Atar, ligar....


tacar | v. tr. | v. intr.

Dar tacada ou dar com o taco em (ex.: tacar a bola)....


soprar | v. tr. | v. intr.

Dirigir o sopro para....


atiçar | v. tr.

Chegar a torcida para cima (depois de espevitada)....


queimar | v. tr. | v. tr., intr. e pron. | v. tr. e intr. | v. tr. e pron. | v. intr. | v. pron.

Consumir ou destruir por acção do fogo; reduzir a cinzas (ex.: os incêndios queimaram vários hectares de floresta; queimar lixo hospitalar)....


travar | v. tr. | v. tr. e intr. | v. intr. | v. pron.

Encadear ou prender peças de madeira fazendo entrar os espigões nas chanfraduras ou somente apoiando a superfície de uma peça na entalhadura de outra peça....



Dúvidas linguísticas



Deparei-me com um problema linguístico ao qual não sei dar resposta. Como se deve escrever: semi sombra, semisombra, semi-sombra ou semissombra?
A grafia correcta é semi-sombra, se estiver a utilizar a ortografia segundo o Acordo Ortográfico de 1945, isto é, anterior ao Acordo Ortográfico de 1990. Segundo o Acordo de 1945, na base XXIX, e segundo o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves, o prefixo semi- só se escreve com hífen quando a palavra que se lhe segue começa por h (ex.: semi-homem), i (ex.: semi-inconsciente), r (ex.: semi-racional) ou s (ex.: semi-selvagem). Já o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, acrescenta que este prefixo é grafado com hífen sempre que a palavra que se lhe segue começa por qualquer vogal. Daí a divergência na escrita entre a norma portuguesa (ex.: semiaberto, semiesfera, semioficial, semiuncial) e a norma brasileira (ex.: semi-aberto, semi-esfera, semi-oficial, semi-uncial).

Se, porém, estiver a utilizar a grafia segundo o Acordo Ortográfico de 1990, a grafia correcta é semissombra. Segundo este acordo, na sua Base XVI, não se emprega o hífen "nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se" (ex.: semirracional, semissegredo). Ainda segundo esta mesma base, deixa de haver divergência entre a norma portuguesa e a brasileira, pois apenas deverá ser usado o hífen quando a palavra seguinte começa por h (ex.: semi-histórico) ou pela mesma vogal em que termina o prefixo (ex.: semi-internato) e não quando se trata de vogal diferente (ex.: semiautomático).




Devo dizer em Porto Moniz ou no Porto Moniz (Porto Moniz é um município)?
Como poderá verificar na resposta topónimos com e sem artigos, esta questão não pode ter uma resposta peremptória, pois as poucas e vagas regras enunciadas por alguns prontuários têm muitos contra-exemplos.

No caso de Porto Moniz, este topónimo madeirense enquadra-se na regra que defende que não se usa geralmente o artigo com os nomes das cidades, localidades e ilhas, regra que tem, contudo, muitas excepções. Nesse caso, seria mais indicado em Porto Moniz.

Por outro lado, não pode ser ignorado o facto de os falantes madeirenses geralmente colocarem artigo neste caso (no Porto Moniz, mas também no Porto da Cruz ou no Porto Santo, outros dois casos em que o mesmo problema se coloca). Do ponto de vista lógico, e uma vez que a regras das gramáticas são vagas, este pode ser o melhor critério para decidir utilizar o artigo com este topónimo.

Pelos motivos acima apontados, pode afirmar-se que nenhuma das duas opções está incorrecta, uma (em Porto Moniz) seguindo as indicações vagas e pouco fundamentadas de algumas gramáticas, outra (no Porto Moniz) podendo ser justificada pelo facto de os habitantes da própria localidade utilizarem o artigo antes do topónimo e também pelo facto de a palavra Porto ter origem num nome comum a que se junta uma outra denominação (no caso, o antropónimo Moniz que, segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, corresponde a “um dos mais antigos povoadores da ilha”).


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