PT
BR
Pesquisar
Definições



passinho

A forma passinhopode ser [derivação masculino singular de passopasso] ou [primeira pessoa singular do presente do indicativo de passinharpassinhar].

Sabia que? Pode consultar o significado de qualquer palavra abaixo com um clique. Experimente!
passo1passo1
( pas·so

pas·so

)
Imagem

Acto de mover um pé a seguir ao outro para caminhar.


nome masculino

1. Acto de mover um pé a seguir ao outro para caminhar.Imagem = PASSADA

2. Espaço percorrido de cada vez que se estende ou se põe um pé adiante do outro. = PASSADA

3. Acto de passar de uma parte para outra.

4. Modo de andar. = ANDAMENTO, MARCHA

5. Som produzido pelo acto de caminhar.

6. [Militar] [Militar] Cada um dos vários modos de marchar.

7. Andamento (do cavalo ou do muar) mais lento que o trote.

8. Cada uma das diferentes posições do pé na dança.

9. Lugar ou sítio por onde se passa de uma parte para outra. = ABERTA, ESTREITO, PASSAGEM

10. Vestígio ou sinal do pé no terreno. = PEGADA

11. Medida antiga equivalente a dois pés e meio ou 82 centímetros.

12. [Figurado] [Figurado] Procedência.

13. Lance ou sucesso digno de reparo.

14. Adiantamento, progresso.

15. Esforço, diligência, trabalho. (Mais usado no plural.)

16. Acção ou acto da vida ou procedimento do homem.

17. Cada uma das fases de um processo. = ETAPA

18. Coisa que causa riso ou estranheza.

19. Episódio ou parte de uma obra literária ou de outro texto ou discurso. = EXCERTO, PASSAGEM, TRECHO

20. Cada um dos episódios da paixão de Cristo.


adjectivoadjetivo

21. Representação de um desses episódios.


advérbio

22. Devagar e sem fazer ruído.


a cada passo

A cada momento.

a dois passos

A curta distância; proximamente, com pequeno intervalo, pouco depois.

ao mesmo passo

Conjuntamente, simultaneamente.

ao passo que

À medida que, à proporção que, ao mesmo tempo. = ENQUANTO

Indica contraste ou oposição. = ENQUANTO

a passos agigantados

O mesmo que a passos largos.

a passos contados

Vagarosamente; pouco a pouco, mas sensivelmente e de modo visível.

a passos descansados

O mesmo que a passos lentos.

a passos largos

Aceleradamente, depressa.

a passos lentos

Lentamente, demoradamente.

a poucos passos

O mesmo que a dois passos.

ceder o passo a

Deixar passar adiante.

Reconhecer superioridade.

contar os passos

Andar devagar.

dar um passo

Tomar uma resolução, empreender qualquer coisa.

e troca o passo

Usa-se para indicar a segunda parte de uma data sem um ano definido, geralmente em relação a datas consideradas antigas (ex.: isso é de mil novecentos e troca o passo).

marcar passo

Ficar no mesmo lugar.AVANÇAR

passo a passo

Lentamente.

passo geométrico

Medida de cinco pés.

passo livre

Desembaraçado de perigos ou inimigos.

ser um passo

Ser uma coisa divertida.

travar o passo

Andar a passo miúdo e apertado.

etimologiaOrigem etimológica:latim passus, -us, afastamento das pernas.

iconeConfrontar: paço.
passo2passo2
( pas·so

pas·so

)


adjectivoadjetivo

Que secou ao sol ou a que se retirou humidade (ex.: figos passos; peras passas; uvas passas). = PASSADO, SECO

etimologiaOrigem etimológica:latim passus, -a, -um, particípio passado de pando, -ere, estender, abrir, mostrar, expor ao sol.

iconeConfrontar: paço.
passo3passo3
( pas·so

pas·so

)


adjectivoadjetivo

[Antigo] [Antigo] Que sofre. = SOFREDOR

etimologiaOrigem etimológica:latim passus, -a, -um, particípio passado de patior, pati, suportar, sofrer.

iconeConfrontar: paço.
passinharpassinhar
( pas·si·nhar

pas·si·nhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo intransitivo

Dar passos muito pequenos; andar com pequenos passos. = PASSARINHAR, PASSARITAR

etimologiaOrigem etimológica:passinho, diminutivo de passo + -ar.

passinhopassinho


Dúvidas linguísticas



Desde sempre usei a expressão quando muito para exprimir uma dúvida razoável ou uma cedência como em: Quando muito, espero por ti até às 4 e 15. De há uns tempos para cá, tenho ouvido E LIDO quanto muito usado para exprimir o mesmo. Qual deles está certo?
No que diz respeito ao registo lexicográfico de quando muito ou de quanto muito, dos dicionários de língua que habitualmente registam locuções, todos eles registam apenas quando muito, com o significado de “no máximo” ou “se tanto”, nomeadamente o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (coordenado por José Pedro Machado, Lisboa: Amigos do Livro Editores, 1981), o Dicionário Houaiss (Lisboa: Círculo de Leitores, 2002) e o Dicionário Aurélio (Curitiba: Positivo, 2004). A única excepção é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências (Lisboa: Verbo, 2001), que regista como equivalentes as locuções adverbiais quando muito e quanto muito. Do ponto de vista lógico e semântico, e atendendo às definições e distribuições de quando e quanto, a locução quando muito é a que parece mais justificável, pois uma frase como quando muito, espero por ti até às 4 e 15 seria parafraseável por espero por ti até às 4 e 15, quando isso já for muito ou demasiado. Do ponto de vista estatístico, as pesquisas em corpora e em motores de busca evidenciam que, apesar de a locução quanto muito ser bastante usada, a sua frequência é muito inferior à da locução quando muito. Pelos motivos acima referidos, será aconselhável utilizar quando muito em detrimento de quanto muito.



Na frase: Nós convidámo-vos, o pronome é enclítico, o que obriga à omissão do -s final na desinência -mos ao contrário do que o V. corrector on-line propõe: Nós convidamos-vos, o que, certamente, é erro. Nós convidamos-vos, Nós convidámos-vos, Nós convidamo-vos, Nós convidámo-vos: afinal o que é que está correcto?
A forma nós convidámos-vos encontra-se correcta, tal como é verificado pelo FLiP on-line.

A forma *nós convidámo-vos corresponde a um erro muito frequente dos utilizadores da língua, por analogia com o uso enclítico do pronome nos (como em nós convidámo-nos); apesar de aparentemente semelhantes, estes dois casos correspondem a contextos diferentes que determinaram a grafia actual. Em casos como nós convidámo-nos, estamos perante a terminação da primeira pessoa do plural -mos, seguida do clítico nos; estas duas terminações são quase homófonas, pelo que a língua encontrou uma forma de as dissimilar ou diferenciar, num fenómeno designado “dissimilação das sílabas parafónicas” por Martins de Aguiar, citado por CUNHA e CINTRA na Nova Gramática do Português Contemporâneo (Ed. João Sá da Costa, 1998, p. 318). No caso de nós convidámos-vos não há necessidade de dissimilação, pelo que a grafia deverá incluir o -s final da desinência da primeira pessoa do plural.

Relativamente ao uso dos clíticos e às alterações ortográficas que estes implicam quando se seguem à forma verbal (ênclise), pode dizer-se que não há qualquer alteração ortográfica com os pronomes pessoais átonos que são complemento indirecto (me, te, lhe, vos, lhes), excepto com o pronome nos, que provoca a já referida redução da forma verbal da desinência da primeira pessoa do plural (de *-mos-nos para -mo-nos). A este respeito, veja-se o anexo relativo aos verbos no Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) ou 12 000 verbes portugais et brésiliens - Formes et emplois (“Collection Bescherelle”, Paris, Hatier, 1993), duas das poucas obras de referência que explicitamente referem este fenómeno.

Em relação aos clíticos de complemento directo (o, a, os as), quando há ênclise apresentam alteração para -lo, la, -los, -las se se seguirem a forma verbal terminada em -r, -s ou -z ou ao advérbio eis, sendo que há redução da forma verbal (ex.: convidá-lo, convidamo-las, di-lo, ei-la), por vezes com necessidade de acentuação gráfica (ver também outra dúvida sobre este assunto em escreve-lo e escrevê-lo). Se a forma verbal terminar em nasal (ex.: convidam, convidaram), o pronome enclítico altera-se para -no, -na, -nos, -nas (ex.: convidam-no, convidaram-nas).

As construções *nós convidamo-vos e *nós convidámo-vos estão então incorrectas, pois não há motivo para retirar o -s à terminação da primeira pessoa do plural quando seguida do clítico vos. No português europeu, as construções nós convidamos-vos e nós convidámos-vos estão ambas correctas, distinguindo-se apenas pelo tempo verbal. A primeira corresponde ao presente do indicativo (ex.: Hoje convidamos-vos para uma visita às grutas) e a segunda ao pretérito perfeito do indicativo (ex.: Ontem convidámos-vos para um passeio de barco).