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malha

A forma malhapode ser [segunda pessoa singular do imperativo de malharmalhar], [terceira pessoa singular do presente do indicativo de malharmalhar] ou [nome feminino].

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malha1malha1
( ma·lha

ma·lha

)


nome feminino

1. Cada uma das voltas que formam a rede.

2. Vão que deixa essa volta.

3. Trança metálica das cotas e de outras peças das armaduras.

4. Cada uma das voltas da meia e de certas outras peças de vestuário.

5. Trabalho feito de malhas.

6. Nó (em cabo ou amarra).

7. [Figurado] [Figurado] Enredo, trama.

8. Conjunto de estruturas que formam uma rede.

9. Conjunto de pessoas ou serviços organizados numa região.

10. [Informal] [Informal] Música ou canção (ex.: boa malha; a banda abriu com uma malha brutal).

etimologiaOrigem etimológica:talvez do provençal malha.

malha2malha2
( ma·lha

ma·lha

)


nome feminino

1. Sinal ou porção de cor diferente na pele ou pêlo dos animais. = PINTA

2. O que tem uma cor diferente.

sinonimo ou antonimoSinónimoSinônimo geral: MANCHA

etimologiaOrigem etimológica:latim vulgar *macella, diminutivo de macula, -ae, mancha, nódoa, erro.

malha3malha3
( ma·lha

ma·lha

)


nome feminino

1. Acto ou efeito de malhar. = MALHADA

2. Tunda, sova.

3. [Jogos] [Jogos] Jogo que consiste em derrubar com um disco ou chapa um pau ou cilindro colocado a certa distância. = CHINQUILHO, FITO

4. Chapa ou disco, geralmente metálico, usado nesse jogo.

etimologiaOrigem etimológica:derivação regressiva de malhar.

malha4malha4
( ma·lha

ma·lha

)


nome feminino

Habitação humilde. = CHOÇA

etimologiaOrigem etimológica:latim magalia, -ae, cabanas, casebres.

malha5malha5
( ma·lha

ma·lha

)


nome feminino

[Numismática] [Numismática] Antiga moeda de cobre do valor de meio ceitil. = MEALHA

etimologiaOrigem etimológica:alteração de mealha.

malharmalhar
( ma·lhar

ma·lhar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Bater com malho ou instrumento análogo.

2. Debulhar nas eiras (cereais).

3. Bater, contundir.

4. [Informal] [Informal] Falar mal de alguém ou de alguma coisa. = CENSURAR, CRITICAR

5. [Informal] [Informal] Fazer troça. = ESCARNECER, GOZAR, MANGAR, ZOMBAR

6. [Brasil] [Brasil] Reunir (gado) em determinado ponto.


verbo intransitivo

7. Dar pancadas.

8. [Portugal: Alentejo] [Portugal: Alentejo] Cair na malha ou na rede.

9. [Portugal, Informal] [Portugal, Informal] Cair repentinamente (ex.: escorregou e malhou da árvore).

10. [Brasil] [Brasil] Pernoitar, poisar.


verbo transitivo e intransitivo

11. [Brasil, Informal] [Brasil, Informal] Fazer ginástica ou exercício físico para fortalecer os músculos e manter a linha.


nome masculino

12. Uma das línguas dravídicas.

malhamalha

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Anagramas



Dúvidas linguísticas



Agradecia que me informassem qual a palavra correta, prefabricado ou pré-fabricado, e se possível qual a regra para as palavras hifenizadas.
Nenhuma das formas prefabricado / pré-fabricado pode ser considerada incorrecta, uma vez que existem ambos os prefixos pre- e pré- com o sentido de anterioridade e que não há consenso em relação ao registo destas palavras.

Com efeito, o registo das formas prefabricado / pré-fabricado não é consensual nas obras lexicográficas portuguesas, situação que ocorre há já muito tempo. A título de exemplo, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa, de António de Morais Silva (10.ª ed., Lisboa: Editorial Confluência, 12 vol., 1949-1959), regista apenas as formas justapostas pré-fabricado e pré-fabricar, enquanto o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo Gonçalves (Coimbra: Coimbra Editora, 1966) regista apenas as formas prefabricado e prefabricar. Se compararmos obras lexicográficas mais recentes, verificamos que a falta de consenso se mantém: por exemplo, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa (Lisboa: Academia das Ciências de Lisboa / Editorial Verbo, 2001) regista unicamente as formas hifenizadas, mas o Grande Dicionário Língua Portuguesa, (1.ª ed., Porto: Porto Editora, 2004) regista ambas as formas, com e sem hífen, remetendo pré-fabricado e derivados para prefabricado e derivados, onde se encontram as definições. Esta opção da Porto Editora parecer ter sido entretanto revista porque, no dicionário disponível presentemente online, apenas surgem registadas as formas com hífen: pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação [consultas em 18-01-2017].

Tal flutuação parece não ter equivalente na presente dicionarização da norma brasileira, pois os principais dicionários e vocabulários brasileiros consultados registam apenas as formas hifenizadas (pré-fabricado, pré-fabricar e pré-fabricação), ainda que consultas em corpora e em motores de busca da Internet revelem que há alguma flutuação gráfica no uso dos falantes. Aliás, a tendência, na norma brasileira, parece ser a da manutenção do hífen, como se pode constar em outras derivações semelhantes, que, na norma portuguesa, permanecem sem hífen. Veja-se, por exemplo, os casos de pré-habilitar, pré-adaptar, pré-adivinhar, pré-formar ou pré-limitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (norma brasileira [consultas em 18-01-2017]), a par dos correspondentes preabilitar, preadaptar, preadivinhar, preformar ou prelimitar, todos registados no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa (selecção: Portugal [consultas em 18-01-2017]). Um caso de aparente flutuação gráfica é o de prealegar, que só surge assim no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, mas que se encontra hifenizado (pré-alegar) no Dicionário Aurélio. O Dicionário Houaiss (versão electrónica 1.0.5.a, Novembro de 2002) apresenta outros casos de flutuação quando refere, no prefixo pré-, que “[...] na medida em que um emprego de pré- tende a vulgarizar-se, na mesma medida tende a passar a pre- [sic]: o V.O. consigna o fato com registros dúplices: pré-contração/precontração, pré-cordilheira/precordilheira, pré-forma/preforma, pré-formar/preformar etc.”. Dos pares apontados, presentemente, o Vocabulário Ortográfico da Academia Brasileira de Letras regista apenas o par pré-cordilheira/precordilheira, tendo os restantes sido reduzidos às formas hifenizadas.

Sobre este assunto, o texto do Acordo Ortográfico de 1990 (AO90), mais precisamente a alínea f) do ponto 1.º da Base XVI, afirma o seguinte:
“[Usa-se o hífen] Nas formações com os prefixos tónicos/tônicos acentuados graficamente pós-, pré- e pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte (ao contrário do que acontece com as correspondentes formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte): pós-graduação, pós-tónico/pós-tônico (mas pospor); pré-escolar, pré-natal (mas prever); pró-africano, pró-europeu (mas promover).”

O trecho acima só aparentemente resolve a situação, pois, a par das formas hifenizadas apresentadas com os prefixos pós-, pré- e pró-, os exemplos pospor, prever e promover surgem acima como casos de prefixação, e são-no, só que num estádio anterior à língua portuguesa, pois eles derivam do latim postponere, praevidere e promovere, respectivamente. Para além disso, prever, tal como predefinir ou predispor, tem a vogal da primeira sílaba fechada (lê-se pre... e não pré...), o que pode levar à inferência de que as derivações por prefixação com pre- são sempre lidas dessa maneira. Ora não é isso que acontece, por exemplo, em preconceber, preestabelecer ou preexistir (e seus derivados: preconcebida, preestabelecimento, preexistentes, etc.), derivações já estabilizadas na língua e cuja vogal da primeira sílaba permanece aberta (lê-se pré... e não pre...).

O que o texto do AO90 faz, no caso de flutuação gráfica, é legitimar uma tendência que ocorre em ambas as variedades do português, mas que só estava dicionarizada na norma brasileira, para escrever e ler pré- quando a vogal é aberta, tendência que parece reflectir-se nos casos de formações mais recentes (ex.: pré-datar, pré-qualificação) e nos casos em que é possível conceber um equivalente com pós- (ex.: pós-datar, pós-qualificação). O que o texto do AO90 não faz é dizer explicitamente que não se pode escrever uma forma aglutinada com pre- quando a vogal é aberta, como prefabricado, razão pela qual, neste caso, o Dicionário Priberam regista ambas as grafias.

Por fim, relativamente à formação de palavras hifenizadas, não existe uma regra única que possa ser aplicada uniformemente. Recomenda-se a leitura da Base XV e da Base XVI do Acordo Ortográfico de 1990, que se debruçam sobre o emprego do hífen em compostos e em formações por prefixação, recomposição e sufixação.




Agradeço o favor de me explicarem qual a origem do termo "reguila".
O termo reguila, usado como adjectivo (ex: nunca vi menina tão reguila) ou como substantivo (ex.: a turma dos reguilas portou-se muito bem na viagem de estudo), designa um indivíduo de temperamento irrequieto, traquinas ou difícil, aplicando-se especialmente a crianças. A origem do termo não é clara, podendo tratar-se de uma forma variante de reguinga, a qual, por sua vez, pode ser uma derivação regressiva de reguingar, termo também de origem obscura.