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irmãmente

A forma irmãmentepode ser [derivação de irmãoirmão] ou [advérbio].

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irmãmenteirmãmente
( ir·mã·men·te

ir·mã·men·te

)


advérbio

1. De forma irmã ou fraternal. = FRATERNALMENTE

2. Em partes iguais.

etimologiaOrigem etimológica: irmão + -mente.
irmãoirmão
( ir·mão

ir·mão

)


nome masculino

1. Filho do mesmo pai e da mesma mãe.

2. Filho do mesmo pai que outro, mas não da mesma mãe, ou da mesma mãe, mas não do mesmo pai.

3. Membro de uma mesma irmandade, confraria ou comunidade religiosa.

4. Título de fraternidade que os homens podem dar-se mutuamente.

5. Pessoa muito amiga de outra.


adjectivoadjetivo

6. Igual, semelhante.


irmão bilateral

Filho dos mesmos progenitores.

irmão carnal

O mesmo que irmão bilateral.

irmão consanguíneo

O mesmo que irmão bilateral.

irmão de armas

Soberano ou guerreiro que se alia a outro contra um inimigo comum.

Pessoa que entra com outra na mesma guerra ou que luta por uma causa comum.

irmão de leite

Pessoa que, em relação a outra, foi amamentada com o mesmo leite, sem serem irmãos verdadeiros. = COLAÇO

irmão de pai

Aquele que é filho só do mesmo pai.

irmão germano

O mesmo que irmão bilateral.

irmão unilateral

Irmão que tem o mesmo pai que outro, mas não a mesma mãe, ou que tem a mesma mãe, mas não o mesmo pai. = MEIO-IRMÃO

irmão uterino

Aquele que é filho só da mesma mãe.

etimologiaOrigem etimológica: latim germanus, -a, -um, que é da mesma raça, irmão.
vistoFeminino: irmã. Plural: irmãos.
iconFeminino: irmã. Plural: irmãos.
Colectivo:Coletivo:Coletivo:fratria, germanada, irmandade.
irmãmenteirmãmente


Dúvidas linguísticas



Deve-se escrever colete em seda vermelha ou colete em seda vermelho?
As duas possibilidades estão correctas; na primeira o adjectivo vermelho qualifica e concorda com o substantivo feminino seda, enquanto na segunda qualifica e concorda com o substantivo masculino colete.



Tenho uma dúvida: a gramática da língua portuguesa não diz que um advérbio antes do verbo exige próclise? Não teria de ser "Amanhã se celebra"?
Esta questão diz respeito a uma diferença, sobretudo no registo coloquial, entre as variedades europeia e brasileira do português, que, com a natural evolução da língua, se foram distanciando relativamente a este fenómeno linguístico. No que é considerado norma culta (portuguesa e brasileira), porém, sobretudo na escrita, e em registo formal, ainda imperam regras da gramática tradicional ou normativa, fixas e pouco permissivas.

No português de Portugal, se não houver algo que atraia o pronome pessoal átono, ou clítico, para outra posição, a ênclise é a posição padrão, isto é, o pronome surge habitualmente depois do verbo (ex.: Ele mostrou-me o quadro); os casos de próclise, em que o pronome surge antes do verbo (ex.: Ele não me mostrou o quadro), resultam de condições particulares, como as que são referidas na resposta à dúvida posição dos clíticos. Nessa resposta sistematizam-se os principais contextos em que a próclise ocorre na variante europeia do português, sendo um deles a presença de certos advérbios ou locuções adverbiais, como ainda (ex.: Ainda ontem as vi), (ex.: o conheço bem), oxalá (ex.: Oxalá se mantenha assim), sempre (ex.: Sempre o conheci atrevido), (ex.: lhes entreguei o documento hoje), talvez (ex.: Talvez te lembres mais tarde) ou também (ex.: Se ainda estiverem à venda, também os quero comprar). Note-se que a listagem não é exaustiva nem se aplica a todos os advérbios e locuções adverbiais, pois como se infere a partir de pesquisas em corpora com advérbios como hoje (ex.: Hoje decide-se a passagem à final) ou com locuções adverbiais como mais tarde (ex.: Mais tarde compra-se outra lente), a tendência na norma europeia é para a colocação do pronome após o verbo. A ideia de que alguns advérbios (e não a sua totalidade) atraem o clítico é aceite até por gramáticos mais tradicionais, como Celso Cunha e Lindley Cintra, que referem, na página 313 da sua Nova Gramática do Português Contemporâneo, que a língua portuguesa tende para a próclise «[...] quando o verbo vem antecedido de certos advérbios (bem, mal, ainda, já, sempre, só, talvez, etc.) ou expressões adverbiais, e não há pausa que os separe».

No Brasil, a tendência generalizada, sobretudo no registo coloquial de língua, é para a colocação do pronome antes do verbo (ex.: Ele me mostrou o quadro). Daí a relativa estranheza que uma frase como Amanhã celebra-se o Dia Mundial do Livro possa causar a falantes brasileiros que produzirão mais naturalmente um enunciado como Amanhã se celebra o Dia Mundial do Livro. O gramático brasileiro Evanildo Bechara afirma, na página 589 da sua Moderna Gramática Portuguesa, que «Não se pospõe pronome átono a verbo modificado diretamente por advérbio (isto é, sem pausa entre os dois, indicada ou não por vírgula) ou precedido de palavra de sentido negativo.». Contrariamente a Celso Cunha e Lindley Cintra, Bechara propõe um critério para o uso de próclise que parece englobar a totalidade dos advérbios. Resta saber se se trata de um critério formulado a partir do tendência brasileira para a próclise ou de uma extensão da regra formulada pela gramática tradicional. Estatisticamente, porém, é inequívoca a diferença de uso entre as duas normas do português.