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enforcado

A forma enforcadopode ser [masculino singular particípio passado de enforcarenforcar], [adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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enforcadoenforcado
( en·for·ca·do

en·for·ca·do

)


adjectivo e nome masculinoadjetivo e nome masculino

1. Morto por enforcamento.

2. Em apuros financeiros.


adjectivoadjetivo

3. Supliciado na forca.

4. [Figurado] [Figurado] Vendido por muito menos do seu valor.

5. Gasto depressa.

6. Dado ao desbarato.

7. Pendente de alto.

8. Diz-se do que sobe ou está em ponto mais alto do que o devido.


nome masculino

9. [Jogos] [Jogos] Jogo que consiste na tentativa de adivinhar uma palavra através da indicação de cada uma das suas letras e em que cada letra erradamente sugerida implica o desenho de uma parte do corpo da figura de um enforcado, começando pela cabeça. = FORCA

etimologiaOrigem etimológica: particípio de enforcar.
enforcarenforcar
( en·for·car

en·for·car

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo

1. Dar morte a (alguém) na forca.

2. Estrangular.

3. [Figurado] [Figurado] Vender por pouco mais de nada.

4. Esbanjar.

5. Dizer adeus a (coisa que se tinha em apreço).


verbo pronominal

6. Matar-se por enforcamento.

7. [Figurado] [Figurado] Sacrificar-se.


verbo transitivo e intransitivo

8. [Brasil] [Brasil] Não ir ao trabalho ou à escola, geralmente em dia útil situado entre dois feriados ou entre um feriado e um fim-de-semana (ex.: alguns alunos enforcaram a sexta-feira).

etimologiaOrigem etimológica: en- + forca + -ar.
enforcadoenforcado

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Dúvidas linguísticas



Como se designa algo que escraviza? Os termos escravizante e escravizador não aparecem no dicionário.
Nenhum dicionário regista de modo exaustivo o léxico de uma língua e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (DPLP) não é excepção. Apesar de não se encontrarem registadas no DPLP, as palavras escravizador e escravizante podem ser encontradas noutros dicionários de língua portuguesa com o significado “que escraviza”.

Estas duas palavras são formadas com dois dos sufixos mais produtivos do português (-ante e -dor), pelo que é sempre possível formar correctamente novas palavras com estes sufixos (normalmente a partir de verbos) que não se encontram registadas em nenhum dicionário.




Tenho uma dúvida na utilização dos pronomes "lhe" ou "o". Por exemplo, nesta frase, qual é a forma correta: "para Carlos não lhe perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda" ou " para Carlos não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda"?
A questão que nos coloca toca uma área problemática no uso da língua, pois trata-se de informação lexical, isto é, de uma estrutura que diz respeito a cada palavra ou constituinte frásico e à sua relação com as outras palavras ou outros constituintes frásicos, e para a qual não há regras fixas. Na maioria dos casos, os utilizadores conhecem as palavras e empregam as estruturas correctas, e normalmente esse conhecimento é tanto maior quanto maior for a experiência de leitura do utilizador da língua.

No caso dos pronomes clíticos de objecto directo (o, os, a, as, na terceira pessoa) ou de objecto indirecto (lhe, lhes, na terceira pessoa), a sua utilização depende da regência do verbo com que se utilizam, isto é, se o verbo selecciona um objecto directo (ex.: comeu a sopa = comeu-a) ou um objecto indirecto (ex.: respondeu ao professor = respondeu-lhe); há ainda verbos que seleccionam ambos os objectos, pelo que nesses casos poderá dar-se a contracção dos pronomes clíticos (ex.: deu a bola à criança = deu-lhe a bola = deu-lha).

O verbo perturbar, quando usado como transitivo, apenas selecciona objectos directos não introduzidos por preposição (ex.: a discussão perturbou a mulher; a existência perturbava Carlos), pelo que deverá apenas ser usado com pronomes clíticos de objecto directo (ex.: a discussão perturbou-a; a existência perturbava-o) e não com pronomes clíticos de objecto indirecto.

Assim sendo, das duas frases que refere, a frase “para Carlos, não o perturbava a existência, ou mesmo a necessidade dos movimentos da vanguarda” pode ser considerada mais correcta, uma vez que respeita a regência do verbo perturbar como transitivo directo. Note que deverá usar a vírgula depois de “para Carlos”, uma vez que se trata de um complemento circunstancial antecipado.