Dicionário Priberam Online de Português Contemporâneo
Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
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encoberta

encobertaencoberta | n. f.
fem. sing. part. pass. de encobrirencobrir
fem. sing. de encobertoencoberto
3ª pess. sing. pres. ind. de encobertarencobertar
2ª pess. sing. imp. de encobertarencobertar
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en·co·ber·ta |é|en·co·ber·ta |é|


nome feminino

1. Abrigo.

2. Escaninho.

3. Aquilo que encobre ou tolhe a vista.

4. Pretexto.

5. Subterfúgio.


às encobertas
Ocultamente.


en·co·brir en·co·brir

- ConjugarConjugar

(en- + cobrir)
verbo transitivo e pronominal

1. Cobrir ou cobrir-se para que não se veja. = DISSIMULAR, ESCONDER, OCULTAR, TAPARDESCOBRIR, DESENCOBRIR, DESTAPAR

2. Não revelar ou fazer com que não se perceba. = DISFARÇAR, DISSIMULARMANIFESTAR, MOSTRAR, REVELAR

verbo transitivo

3. Manter em segredo. = CALAR, ESCONDER, OCULTARDECLARAR, REVELAR

4. Guardar e ocultar o que outrem rouba. = RECEPTAR

5. Dar acolhimento ou evasão a (ex.: encobrir uma pessoa perseguida).

verbo transitivo, intransitivo e pronominal

6. Cobrir ou cobrir-se de nuvens (ex.: nuvens escuras encobriam a tarde; o tempo encobrira; os céus encobriram-se). = ANUVIAR, ENEVOAR, NUBLAR, TOLDARDESANUVIAR


en·co·ber·to |é|en·co·ber·to |é|


adjectivo
adjetivo

1. Oculto.

2. Incógnito.

3. Clandestino.

4. Nublado.

nome masculino

5. Aquele ou aquilo que se não deixa ver.

6. Encobertado.


en·co·ber·tar en·co·ber·tar

- ConjugarConjugar

verbo transitivo

Acobertar.

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Parecidas

Dúvidas linguísticas


Vivo nos Açores, e na escola aprendi a escrever a palavra açoreano, mas na televisão dizem que é açoriano. Quem tem razão?
De acordo com o ponto 3 da base IX do Acordo Ortográfico de 1945, a que poderá aceder seguindo a hiperligação, o adjectivo referente ao arquipélago dos Açores escreve-se com i, pois grafam-se com i, antes da sílaba tónica, os adjectivos e substantivos derivados com os sufixos -ense e -ano, aos quais se apõe um i para formar as terminações -iense e -iano. Nesta regra incluem-se palavras como açoriano, acriano, cabo-verdiano, camoniano ou torriense.

O Acordo Ortográfico de 1990 [ver Base V, 2.º, alínea c)] não alterou nada relativamente a este ponto para o português europeu. Esta indicação de escrever com i e não com e os derivados em que entram os sufixos -iano e -iense não estava prevista no Formulário Ortográfico de 1943, que regulava a ortografia brasileira, pelo que o português do Brasil, depois da aplicação do Acordo Ortográfico de 1990, deverá sofrer esta pequena alteração.




A palavra fim de semana, aparece em todo o lado escrita com hífen, inclusive no vosso dicionário. Contudo, quando estudei a língua portuguesa nas cadeiras da faculdade, foi-nos dado como referência um manual que nos serviu como a Bíblia da Língua Portuguesa: a Nova Gramática do Português Contemporâneo. Esta gramática de Celso Cunha e Lindley Cintra afirma na página 107 que a palavra fim de semana é um exemplo de quando os elementos justapostos conservam a sua "autonomia gráfica", tais como Idade Média e pai de família. Assim sendo, gostaria que me informassem se é correcto a utilização das duas formas, ou se a Nova Gramática já está desactualizada.
O registo de fim-de-semana como palavra hifenizada é feito pela esmagadora maioria das obras de referência do português europeu, nomeadamente o Vocabulário da Língua Portuguesa, de Rebelo GONÇALVES, o Grande Vocabulário da Língua Portuguesa, de José Pedro MACHADO, o Dicionário da Língua Portuguesa On-line, o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa ou o Grande Dicionário Língua Portuguesa, da Porto Editora.

Como contraponto, a palavra hifenizada está praticamente ausente das obras de referência do português do Brasil, não constando, por exemplo, do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. A locução fim de semana é registada em obras como o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, o Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa ou o Aulete Digital - Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa.

É interessante, neste aspecto, comparar a edição brasileira (Ed. Objetiva, 2001) e a portuguesa (Círculo de Leitores, 2002) do Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa e verificar que apesar de fim de semana estar registado nas duas edições como locução e não como palavra hifenizada, na edição portuguesa foi acrescentada a observação "também se escreve com hífen".

Relativamente ao que está estipulado nos textos legais que regem a ortografia portuguesa, a regulamentação sobre o uso do hífen é tão vaga que permitiria justificar que grande parte das locuções nominais fosse escrita com hífen. Leia-se, por exemplo, parte do texto da base XXVIII, a respeito de palavras/locuções com a mesma estrutura de fim-de-semana: "Emprega-se o hífen nos compostos em que entram [...] dois ou mais substantivos, ligados ou não por preposição ou outro elemento [...] e em que o conjunto dos elementos, mantida a noção da composição, forma um sentido único ou uma aderência de sentidos. Exemplos: água-de-colónia, arco-da-velha, bispo-conde, brincos-de-princesa, cor-de-rosa". Se aplicarmos estas indicações a fim-de-semana, podemos concluir que esta locução pode corresponder a um sentido único, pois corresponde a um intervalo temporal específico que não se limita a ser o fim de uma semana de trabalho, uma vez que pode a semana pode começar ao domingo e este está incluído no fim-de-semana.

A Nova Gramática do Português Contemporâneo de Celso CUNHA e Lindley CINTRA não se encontra desactualizada, nem está incorrecta. O que acontece é que o ponto de partida desta gramática de 1985 foi a Gramática da língua portuguesa, de Celso Cunha (1972). Apesar de a colaboração de Lindley Cintra ter permitido incluir informação adicional sobre o português de Portugal e um contraste entre as duas normas, alguma informação veiculada segue a tradição lexicográfica do português do Brasil, como parece ser o caso com fim de semana. Citando os autores da referida gramática, "reitere-se que o emprego do hífen é uma simples convenção ortográfica" (p. 107) e, atendendo à sua parca regulamentação nos textos legais, baseia-se essencialmente nas tradições lexicográficas portuguesa e brasileira.

Em conclusão, pode dizer-se que não se trata de uma incorrecção escrever de uma ou de outra forma, pois não há determinação ortográfica que impeça nenhuma delas, tratando-se apenas de uma questão de respeito pela tradição lexicográfica das duas normas. Actualmente, será preferível escrever fim-de-semana no português de norma europeia, e fim de semana no português de norma brasileira, mas é de referir ainda que o Acordo Ortográfico assinado em 1990 (que, saliente-se, não está em vigor) preconiza (na alínea a) do art. 6.º da base XV), a forma fim de semana, ignorando o texto do parágrafo anterior que defende excepções "já consagradas pelo uso (como é o caso de água-de-colónia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa)".

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Palavra do dia

nes·so·ra |è|nes·so·ra |è|


(nessa + hora)
advérbio

1. [Antigo]   [Antigo]  Nessa hora.

2. [Antigo]   [Antigo]  Nesse ou naquele tempo ou ocasião. = ENTÃO

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in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/encoberta [consultado em 26-03-2023]