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desafecto

A forma desafectopode ser [primeira pessoa singular do presente do indicativo de desafectardesafetardesafetar], [adjectivoadjetivo] ou [nome masculino].

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desafectodesafetodesafeto
|ét| |ét| |ét|
( de·sa·fec·to de·sa·fe·to

de·sa·fe·to

)


nome masculino

1. Falta de afecto; desafeição.

2. [Brasil] [Brasil] Inimigo, rival, adversário.


adjectivoadjetivo

3. Contrário, adverso.

sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: desafeto.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: desafecto.
grafiaGrafia no Brasil:desafeto.
grafiaGrafia em Portugal:desafecto.
desafectardesafetardesafetar
|èt| |èt| |èt|
( de·sa·fec·tar de·sa·fe·tar

de·sa·fe·tar

)
Conjugação:regular.
Particípio:regular.


verbo transitivo e pronominal

1. Perder a afectação; tornar(-se) despretensioso, natural.


verbo transitivo

2. Deixar de atribuir a uso ou propósito específicos.

3. Libertar alguém de determinada função. = DESVINCULAR

sinonimo ou antonimoAntónimoAntônimo geral: AFECTAR

etimologiaOrigem etimológica:des- + afectar.

sinonimo ou antonimo Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: desafetar.
sinonimo ou antonimo Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: desafectar.
grafiaGrafia no Brasil:desafetar.
grafiaGrafia em Portugal:desafectar.
desafectodesafecto

Auxiliares de tradução

Traduzir "desafecto" para: Espanhol Francês Inglês


Dúvidas linguísticas



Sociodemográfico ou socio-demográfico?
O elemento de composição socio- não se separa com hífen das palavras às quais se apõe, excepto quando estas começam por h (ex.: socio-histórico) ou o, daí que a forma correcta seja sociodemográfico.



Das seguintes, que forma está correcta? a) Noventa por cento dos professores manifestaram-se. b) Noventa por cento dos professores manifestou-se.
A questão que nos coloca não tem uma resposta peremptória, originando muitas vezes dúvidas quer nos falantes quer nos gramáticos que analisam este tipo de estruturas.

João Andrade Peres e Telmo Móia, na sua obra Áreas Críticas da Língua Portuguesa (Lisboa, Editorial Caminho, 1995, pp. 484-488), dedicam-se, no capítulo que diz respeito aos problemas de concordância com sujeitos de estrutura de quantificação complexa, à análise destes casos com a expressão n por cento seguida de um nome plural. Segundo eles, nestes casos em que se trata de um numeral plural (ex.: noventa) e um nome encaixado também plural (professores), a concordância deverá ser feita no plural (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se), apesar de referirem que há a tendência de alguns falantes para a concordância no singular (ex.: noventa por cento dos professores manifestou-se). Nos casos em que a expressão numeral se encontra no singular, a concordância poderá ser realizada no singular (ex.: um por cento dos professores manifestou-se) ou no plural, com o núcleo nominal encaixado (ex.: um por cento dos professores manifestaram-se). Há, no entanto, casos, como indicam os mesmos autores, em que a alternância desta concordância não é de todo possível, sendo apenas correcta a concordância com o núcleo nominal que segue a expressão percentual (ex.: dez por cento do parque ardeu, mas não *dez por cento do parque arderam).

Face a esta problemática, o mais aconselhável será talvez realizar a concordância com o nome que se segue à expressão "por cento", visto que deste modo nunca incorrerá em erro (ex.: noventa por cento dos professores manifestaram-se, um por cento dos professores manifestaram-se, dez por cento da turma reprovou no exame, vinte por cento da floresta ardeu). De acordo com Evanildo Bechara, na sua Moderna Gramática Portuguesa (Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2002, p. 566), esta será também a tendência mais comum dos falantes de língua portuguesa.